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- Publicada em 09 de Julho de 2018 às 01:00

Desenvolvimento de municípios gaúchos é destaque no Brasil

Adriana Lampert
O Rio Grande do Sul se tornou estado referência em Saúde no País, com 84,9% (ou 421 cidades) apresentando patamares de alto desenvolvimento, segundo dados do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) 2018 - que monitora todas as cidades brasileiras, avaliando conquistas e desafios socioeconômicos de competência municipal: manutenção de ambiente de negócios propício à geração local de emprego e renda, educação infantil e fundamental, e atenção básica em saúde.
O Rio Grande do Sul se tornou estado referência em Saúde no País, com 84,9% (ou 421 cidades) apresentando patamares de alto desenvolvimento, segundo dados do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) 2018 - que monitora todas as cidades brasileiras, avaliando conquistas e desafios socioeconômicos de competência municipal: manutenção de ambiente de negócios propício à geração local de emprego e renda, educação infantil e fundamental, e atenção básica em saúde.
"Este dado de saúde no Estado é muito superior à média nacional. Além disso, o restante 15% de municípios gaúchos apresentam desenvolvimento moderado nesta área", comenta o analista de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Raphael Verissimo.
Segundo o estudo, o Rio Grande do Sul responde por sete dos 10 municípios do País com melhor desempenho neste quesito. "Outro dado interessante é que, entre as 100 melhores cidades brasileiras com alto desenvolvimento em saúde, 49 são gaúchas", comenta Verissimo, ponderando que, em todo o País, a maioria dos resultados "é extremamente desigual". O levantamento aponta que, entre as 100 "melhores" cidades brasileiras, 18 são do Rio Grande do Sul, valor só é superado pelo estado de São Paulo. "Além disso, o Estado não tem município com baixo desenvolvimento", destaca o analista de Estudos Econômicos do Sistema Firjan.
Com base em dados oficiais de 2016, o estudo mostra que a crise econômica, iniciada em 2014 e que causou forte recessão no País, fez com que o nível socioeconômico das cidades brasileiras retrocedesse em três anos. No ranking estadual, Porto Alegre ficou na 119ª posição.
A cidade é uma das que têm alto desenvolvimento em saúde (0,8675), e índice moderado em emprego e renda (0,7070) e educação (0,7666), tendo ficado na 12ª colocação no ranking das capitais nacionais. "A grande maioria das capitais sofreu com a crise e, até que a economia seja retomada, todas podem demorar um tempo até se recuperarem", avalia Verissimo.
A boa notícia é que o índice revela que 99% das cidades gaúchas (485 dos 490 municípios avaliados) têm nível de desenvolvimento alto ou moderado. No topo do ranking gaúcho está a cidade de Vale Real, que também ocupa a quarta posição entre os municípios brasileiros. Lajeado, que desde o início da série histórica oscila entre as duas primeiras posições, ocupa agora o segundo lugar no ranking estadual. Devido principalmente ao polo industrial de alimentos, a cidade chega à sexta posição no ranking do País. As demais posições do Top 10 são ocupadas por Campo Bom (0,8622), Mato Leitão (0,8587), Muçum (0,8559), Serafina Corrêa (0,8551), Bento Gonçalves (0,8548), Carlos Barbosa (0,8544), Gramado (0,8542) e Picada Café (0,8533).
No outro extremo do ranking gaúcho, entre as 10 cidades com menor IFDM do Estado, a baixa pontuação no índice de emprego e renda é o principal problema: seis municípios possuem baixo grau de desenvolvimento nessa vertente, enquanto os demais apresentam nível regular. Em educação, esse grupo apresentou pontuação elevada, oito das 10 cidades registraram desenvolvimento moderado e apenas duas, regular. No âmbito da saúde, os 10 municípios não destoaram do cenário estadual e apresentaram indicador ao menos moderado. Assim, entre as 10 piores colocadas no ranking estadual estão, respectivamente, as cidades de Dilermando de Aguiar (0,6109), Muliterno (0,6061), Ubiretama (0,6059), General Câmara (0,6017), Tunas (0,6009), Santana da Boa Vista (0,5932), Três Forquilhas (0,5912), Dom Feliciano (0,5798), Charrua (0,5749) e, por último, São Valério do Sul (0,5695).
Em saúde, cinco cidades apontam índice regular: Santana do Boa Vista, Três Forquilhas, Dom Feliciano, Charrua e São Valério do Sul. "São cidades muito pequenas (menos de 10 mil habitantes), a maior é Dom Feliciano, com 15 mil habitantes, o que pode ter interferido no resultado, devido ao indicador de emprego e renda", explica Verissimo.
Ele ainda ressalta que Alvorada (com 200 mil habitantes) tem resultados alarmantes: Apenas 12% de crianças de zero a cinco anos têm matrícula na creche ou pré-escola, e 30% das que estão no Ensino Fundamental têm dois anos de atraso, demorando mais na formação e entrada do mercado de trabalho. "Isso estimula abandono escolar", considera o analista.
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