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Olerícolas

- Publicada em 26 de Maio de 2022 às 15:14

Produtores querem Indicação Geográfica para a cebola do Litoral

Área plantada nesta safra no Rio Grande do Sul deve ser de 4.500 hectares

Área plantada nesta safra no Rio Grande do Sul deve ser de 4.500 hectares


FERNANDO DIAS/DIVULGAÇÃO/JC
O Rio Grande do Sul já conquistou várias Indicações Geográficas para o vinho de diversas regiões gaúchas, para o chocolate artesanal de Gramado, o couro acabado do Vale dos Sinos, o arroz de Palmares, o doce de Pelotas. E agora os representantes da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Cebola, reunidos nesta semana de forma virtual, querem esta conquista para a cebola produzida na região litorânea, trazida pelos açorianos, e considerada a primeira cultivada no Brasil.
O Rio Grande do Sul já conquistou várias Indicações Geográficas para o vinho de diversas regiões gaúchas, para o chocolate artesanal de Gramado, o couro acabado do Vale dos Sinos, o arroz de Palmares, o doce de Pelotas. E agora os representantes da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Cebola, reunidos nesta semana de forma virtual, querem esta conquista para a cebola produzida na região litorânea, trazida pelos açorianos, e considerada a primeira cultivada no Brasil.
De acordo com o coordenador técnico da Câmara, Antônio Carlos da Silva Costa, “nós estamos faz tempo batalhando por esta certificação de origem, para que se reconheça nossa cebola, a primeira cultivada no Brasil”. Segundo ele, todo o setor está trabalhando esta ideia, se empenhando para buscar esta denominação de origem ou indicação de procedência, o que for mais adequado para que se obtenha este reconhecimento aqui da região. “Vai ser um trabalho longo, que não se resolve na hora, porque é necessário muita pesquisa, coleta de dados e depoimentos, até que se chegue nesta conquista”, afirma.
Os requisitos para a indicação geográfica foram apresentados pela pesquisadora do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Edna Ferronatto. Segundo ela, a indicação geográfica é o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade que tenha se tornado conhecido como centro de produção, extração ou fabricação de determinado produto. Atualmente no Brasil existem 98 indicações geográficas, sendo 30 denominações de origem (D.O.) e 68 indicações de procedência (I.P.).
De acordo com o historiador Luiz Aguinelo Martins, que tem um vasto trabalho de pesquisa sobre a cultura afro-açoriana no litoral, “a cebola faz parte da história e da cultura da região litorânea, sendo trazida pelos açorianos junto com o trigo e o centeio”. Neste ano de 2022, se comemora os 270 anos do povoamento açoriano no Rio Grande do Sul.
A colheita da cebola só começa em novembro. Entre abril e junho ocorre a semeadura e até setembro o transplante de mudas. A estimativa para a safra 2022 é de uma área plantada de 4.500 hectares, com uma produção de 121,8 mil toneladas com o envolvimento de quatro mil produtores, sendo mais de mil em São José do Norte. Em 2021, a área plantada foi de 4.662 hectares, com uma produção de 121,5 mil toneladas e uma produtividade de 26.069 kg/ha. O número de produtores dedicados a esta atividade era de 4.052.
Já os custos de produção, de acordo com o coordenador da Câmara, vão ficar entre R$ 0,80 e R$ 1,20 dependendo da quantidade que for produzida. E a produção vai ser em média de 20 a 30 toneladas por hectare nas diversas regiões. O valor total para plantar um hectare de cebola deve ficar em torno de 28 mil reais, podendo aumentar se for uma terra nova ou que precise de irrigação.
A engenheira agrônoma Sarah Carvalho, do escritório da Emater de Tavares, apresentou os dados do custeio da safra de cebola 2022, que passou de R$ 19.451,04 em 2021 para R$ 27.811,67 neste ano. Fazem parte deste cálculo o aumento nos insumos, da adubação, calagem, defensivos e da implantação de mão de obra/sementeira. Os números são calculados a partir da produção de cebolas em canteiros da região litorânea.
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