Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Comércio exterior

- Publicada em 13 de Maio de 2022 às 17:35

Exportações de frango aumentam e de suínos caem

China reduz em 35% compra de suínos; venda de frangos alcança US$ 821 milhões, alta de 34,6%

China reduz em 35% compra de suínos; venda de frangos alcança US$ 821 milhões, alta de 34,6%


AFP/JC
Os setores das proteínas animais vivem momentos diferentes neste primeiro trimestre de 2022. Enquanto o mercado internacional para a carne de frango continuou aquecido em abril, as vendas de carne suína para fora do País continuaram apresentando queda, principalmente por conta da forte redução de importações pela China.
Os setores das proteínas animais vivem momentos diferentes neste primeiro trimestre de 2022. Enquanto o mercado internacional para a carne de frango continuou aquecido em abril, as vendas de carne suína para fora do País continuaram apresentando queda, principalmente por conta da forte redução de importações pela China.
O gigante asiático e principal consumidor externo das carnes brasileiras diminuiu em 35% a compra de suínos brasileiros em relação a abril de 2021, atingindo 118,6 mil toneladas - mesma redução de Hong Kong, que comprou 33,8 mil toneladas.
Assim, as exportações de carne de porco caíram 8,8% na compilação mensal, em relação a abril de 2021, totalizando 89,7 mil toneladas. As receitas caíram ainda mais: o resultado das vendas do mês alcançou US$ 193,4 milhões, valor 16,7% menor que o registrado no mesmo mês do ano passado, com US$ 232,3 milhões.
No acumulado do ano (janeiro a abril), as exportações de carne suína alcançaram 327,3 mil toneladas, número 7% menor que o registrado no primeiro quadrimestre de 2021, com 351,8 mil toneladas. Em receita, houve retração de 16,3%, com US$ 692 milhões neste ano, e US$ 826,4 milhões no ano passado.
Depois da China e de Hong Kong, os principais mercados durante o mês foram as Filipinas, com 23,2 mil toneladas (+281,3%), Singapura, com 20,1 mil toneladas (+43,9%), e Argentina, com 18 mil toneladas (+83,1%).
“As vendas de abril retornaram para patamares próximos de 90 mil toneladas, que é a tendência de desempenho mensal esperada para este ano. As exportações de carne suína do Brasil estão em processo de acomodação de níveis de embarques, se estabelecendo em patamares significativamente superiores aos registrados antes da grande disrupção global da proteína, iniciada em 2018 e com efeitos mais sensíveis entre 2019 e 2021”, analisa o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin.
Segundo ele, “a China tem perdido parte da influência sobre o desempenho total das exportações, sendo substituída por outras nações da Ásia e América do Sul”.
Já no setor de aves, os embarques finalizaram abri com 418,2 mil toneladas embarcadas (+5,7%) e receitas de US$ 821 milhões, número 34,6% maior que o desempenho alcançado em abril do ano passado, com US$ 610 milhões.
No quadrimestre (janeiro a abril), as vendas internacionais de carne de frango alcançaram 1,560 milhão de toneladas, resultado 9% maior que o registrado nos quatro primeiros meses de 2021. Em receitas, os negócios no período cresceram 32,4%, com US$ 2,872 bilhões contra US$ 2,169 bilhões no ano passado.
Os principais importadores dos produtos brasileiros no quadrimestre, foram a China, com 197,1 mil toneladas (-3%), Emirados Árabes Unidos, com 164,4 mil toneladas (+80,4%), Japão, com 132,4 mil toneladas (+0,3%), África do Sul, com 119,8 mil toneladas (+14,3%), Arábia Saudita, com 87,2 mil toneladas (-45,4%), União Europeia, com 71,7 mil toneladas (+27,8%), e México, com 58,5 mil toneladas (+128,6%).
“Houve um crescimento generalizado entre os grandes importadores do Oriente Médio, Ásia e Europa, que compensou leves retrações na China e impulsionou o bom resultado alcançado em abril”, avaliou Santin.
“Os impactos gerados pela Influenza Aviária em grandes produtores e exportadores favoreceram o Brasil no comércio global, já que o país nunca registrou focos da enfermidade. A forte elevação dos custos de produção e a alta dos preços dos alimentos em âmbito global também influenciaram o resultado cambial das exportações, minimizando as dificuldades enfrentadas pelo setor”, disse o presidente da ABPA.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO