Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Estiagem

- Publicada em 07 de Março de 2022 às 17:05

Secretária da Agricultura diz que é possível queda de 8% no PIB pela estiagem no RS

Segundo o vice-governador, que ocupa a cadeira do Piratini durante viagem ao exterior de Eduardo Leite (PSDB), o caminho deve ser o investimento na irrigação

Segundo o vice-governador, que ocupa a cadeira do Piratini durante viagem ao exterior de Eduardo Leite (PSDB), o caminho deve ser o investimento na irrigação


Ramiro Furquim/JC
A Secretária de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Rio Grande do Sul, Silvana Covatti, admitiu que é possível que o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado recue 8% devido à estiagem. A previsão foi estimada pela equipe econômica da Farsul.
A Secretária de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Rio Grande do Sul, Silvana Covatti, admitiu que é possível que o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado recue 8% devido à estiagem. A previsão foi estimada pela equipe econômica da Farsul.
"É possível. Vejo que nossa perda econômica, além da perda da própria produção rural, que já é grave, vai ser muito grande. Perde o produtor e perde a sociedade gaúcha", declarou a secretária, em Não-Me-Toque.
Segundo ela, na manhã desta terça-feira (8), a pasta irá divulgar seus próprios números em relação às perdas econômicas do Estado como reflexo da falta de chuvas que afeta a produção do campo.
Segundo o governador em exercício, Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), também presente na Expodireto, o Palácio Piratini estuda medidas para reverter o prejuízo causado com perdas de lavouras, principalmente nas culturas de milho e soja.
"Estamos trabalhando muito para que esse recuo de 8% não ocorra. Não adianta termos ações pontuais em relação à seca, pois vamos ficar eternamente discutindo essa questão. Talvez não no ano que vem, mas daqui a duas, três Expodiretos vamos estar aqui discutindo os mesmos temas", afirmou Ranolfo.
Segundo o vice-governador, que ocupa a cadeira do Piratini durante viagem ao exterior de Eduardo Leite (PSDB), o caminho deve ser o investimento na irrigação: "temos que ter ações estruturantes em relação à irrigação, a fim de que nós não tenhamos mais essa preocupação no futuro do nosso Estado".
"Estamos aqui com as nossas principais instituições do Estado - Badesul, Banrisul e BRDE - justamente para auxiliar os agricultores na questão do crédito. Porém, há questões macro que dependem muito da União", concluiu Ranolfo.
Seriam temas dependentes do governo federal, cuja cúpula estará ausente da Expodireto. Era planejada a visita do presidente da República, Jair Bolsonaro, acompanhado da ministra da Agricultura, Tereza Cristina. A agenda foi cancelada.
"Precisamos de um olhar mais focado (do governo federal) porque temos a mais grave estiagem ocorrendo este ano e precisávamos de um olhar muito atento para o Rio Grande do Sul, que é um dos maiores produtores de grãos, na suinocultura, e na avicultura - temos um agro muito forte" afirma Silvana Covatti, em resposta.
Nei César Mânica, presidente da Cotrijal, patrona da feira, quebrou o protocolo durante o lançamento da feira para mandar um recado para o Palácio da Alvorada no final do evento. "Espero que este evento chegue à Brasília, principalmente para a ministra da Agricultura e para o presidente da República, para que venham ver o que é o agro do Rio Grande do Sul", bradou Mânica, com indignação.
A ausência de Bolsonaro e Tereza Cristina foi diversas vezes alvo de críticas neste primeiro dia de Expodireto. “A ministra veio aqui (no Rio Grande do Sul), sobrevoou apenas uma propriedade, disse que ia buscar recursos e nem comparece aqui hoje, o que eu acho lamentável, injustificável. Mas acredito que ela não veio porque não tem explicações para dar, porque até agora não socorreu nada”, criticou o senador Lasier Martins (PSD).
Lasier participou da reunião que divulgou a previsão negativa do PIB e uniu esforços para solucionar os problemas da seca. Desde então, segundo ele, “naquilo que interessa, evoluiu muito pouco, quase nada, que é busca de recursos. Tivemos reuniões nos ministérios e só ouvimos queixumes - não tem dinheiro, não tem dinheiro”, relatou o senador.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO