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Agro

- Publicada em 18 de Outubro de 2021 às 16:23

Clima e logística são desafios para o Brasil se consolidar entre maiores produtores de alimentos do mundo

Arroz é um dos principais alimentos consumidos pelos brasileiros

Arroz é um dos principais alimentos consumidos pelos brasileiros


PAULO LANZETTA/EMBRAPA/DIVULGAÇÃO/JC
Cristine Pires
A posição do Brasil como um dos principais fornecedores globais de alimento deve se intensificar nos próximos anos. A projeção da Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) consta no Relatório sobre Perspectivas Agrícolas 2021-2030, divulgado recentemente pelas instituições. A pauta volta à tona no mês em que se comemora o Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro, data instituída pela FAO para debater as formas de produção de alimentos e seu consumo.
A posição do Brasil como um dos principais fornecedores globais de alimento deve se intensificar nos próximos anos. A projeção da Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) consta no Relatório sobre Perspectivas Agrícolas 2021-2030, divulgado recentemente pelas instituições. A pauta volta à tona no mês em que se comemora o Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro, data instituída pela FAO para debater as formas de produção de alimentos e seu consumo.
Com a possibilidade de crescimento de 14% na produção agrícola nos próximos 10 anos, segundo o relatório, o Brasil enfrenta desafios para garantir o abastecimento de diversos países, especialmente quanto ao clima e a questões logísticas. A estiagem em estados produtores, entre eles o Rio Grande do Sul, e a ocorrência de geadas durante o inverno repercutem diretamente nos resultados.
Neste ano, por exemplo, esses dois fatores são apontados como responsáveis pela queda de 1,3% na safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas prevista para 2021 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado em 7 de outubro. São previstas para este ano 250,9 milhões de toneladas contra 254,1 milhões de toneladas colhidas em 2020, ano em o País que registrou produção recorde.
“A falta de chuvas é recorrente, e não temos conseguido reservar água. É preciso destravar investimentos em irrigação em situações de clima adverso”, afirma o presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira.
Outro entrave estrutural, segundo o dirigente, refere-se à falta de manutenção de estradas vicinais. “Em muitos casos, a situação é quase caótica”, aponta, ao destacar as dificuldades em transportar a safra aos seus destinos. As previsões da FAO e da OCDE indicam que o Brasil poderá ser o responsável por grande parte das exportações mundiais, com destaque para os embarques de soja (63%) açúcar (56%), pescado (44%), carne bovina (42%) de carne bovina e carne de frango (33%).
Até 2050, a produção brasileira de grãos poderá superar os 500 milhões de toneladas, revela o estudo “O Agro brasileiro alimenta 800 milhões de pessoas”, divulgado pela Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas da Embrapa em março deste ano.
Dentro deste cenário, o Rio Grande do Sul tem papel fundamental. O IBGE aponta a produção gaúcha como segunda colocada em participação (15%) na safra nacional, atrás apenas do Mato Grosso (28,5%). O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos, representando 92,4% da estimativa da produção e 87,6% da área a ser colhida no País, culturas que têm no Rio Grande do Sul um dos principais produtores e que estão entre os alimentos mais consumidos pelos brasileiros.
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