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Agro

- Publicada em 04 de Outubro de 2021 às 18:24

Seguro vai indenizar produtores de bovídeos em caso de febre aftosa no RS

Acordo foi firmado entre a Farsul, Fundesa e a empresa Fairfax Brasil Seguros Corporativos

Acordo foi firmado entre a Farsul, Fundesa e a empresa Fairfax Brasil Seguros Corporativos


LUIZA PRADO/JC
Diego Nuñez
O Rio Grande do Sul dá o próximo passo após a retirada de vacinação da febre aftosa e reconhecimento como um Estado livre da doença: a assinatura de um contrato de seguro garante indenização aos produtores de bovinos e bubalinos em caso de ocorrência de foco de aftosa em solo gaúcho.
O Rio Grande do Sul dá o próximo passo após a retirada de vacinação da febre aftosa e reconhecimento como um Estado livre da doença: a assinatura de um contrato de seguro garante indenização aos produtores de bovinos e bubalinos em caso de ocorrência de foco de aftosa em solo gaúcho.
O acordo foi firmado entre a Farsul, o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) e a empresa Fairfax Brasil Seguros Corporativos. A cobertura pode chegar até os R$ 315 milhões para cada produtor, dependendo das perdas ocorridas na fazenda em decorrência de possível foco da doença.
Se os prejuízos não ultrapassarem os R$ 15 milhões, foi estabelecida uma espécie de franquia, e o valor será coberto pelo próprio Fundesa. Os próximos R$ 300 milhões de garantia ficarão a cargo da Fairfax. O valor do contrato com a empresa de seguros ficou estipulado em R$ 3,98 milhões anuais. O contrato deve ser renovado anualmente.
Todos as 273 mil fazendas que criam bovinos e/ou bubalinos no Estado – que pagam impostos e taxas específicas para a criação dessas espécies – estarão incluídos dentro do seguro
A medida foi tomada em prevenção à retirada da vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul, que, se por um lado possibilita às indústrias e produtores de proteína animal, carne bovina e leite alcançarem novos mercados internacionais, diminui a proteção dos rebanhos contra a doença.
“Nós sempre tivemos uma grande preocupação no pós retirada da vacina, porque a qualquer momento poderia ocorrer algum foco, já que estamos lidando com inimigos poderosos, que são os vírus”, disse o presidente da Farsul, Gedeão Pereira.
O contrato é uma inovação. Segundo a própria Fairfax, esta é a primeira apólice envolvendo a febre aftosa do mundo. “Quando a gente faz esse estudo, a gente pensa na pior das hipóteses, considerando a possibilidade de uma catástrofe, que se acontecesse, a Fairfax indenizaria a Fundesa, que iria lá e indenizaria os produtores”, disse o representante da empresa no encontro, Ricardo Sassi, explicando que o montante da cobertura surgiu a partir de uma série de estudos que projetaram possíveis cenários de focos de aftosa no Estado.
Segundo Rogério Kerber, presidente do Fundesa, quando houve casos de febre aftosa no Rio Grande do Sul em meados de 2001, os prejuízos nas fazendas ficaram em torno de R$ 10 milhões a R$ 11 milhões, em média.
Claro, nenhum dos presentes quer que algum produtor gaúcho precise acionar o seguro. “Esperamos que não venhamos a utilizar os recursos e serviços da Fairfex. Não pretendemos ter nenhum evento sanitário, mas para isso precisamos ter alguns procedimentos a serem desenvolvidos”, afirmou Kerber. Para ele, o contrato “traz segurança para a produção da pecuária de corte e pecuária de leite no Rio Grande do Sul”.
O seguro também traz segurança para que o produtor informe com rapidez caso identifique um possível caso de aftosa em sua fazenda. Havia preocupação que o pecuarista pudesse esconder um caso da doença, o que poderia trazer graves consequências ao Estado, visto que a agilidade é essencial nestes casos.
“Nossa preocupação era que o produtor escondesse a aftosa. Porque se tinha caso, e vai o rifle sanitário (abate de animais infectados), ele sai quebrado”, disse Gedeão, da Farsul. Ele espera que, com o acordo firmado, não haja esse receio.
Kerber acredita que “o produtor é elo mais impetrante de todo esse processo de sanidade”. “Ele está presente diuturnamente com seus animais, e qualquer anormalidade que exista, tem que ser o primeiro alertar nesse processo. Quanto mais agilidade houver, menor o custo, as consequências econômicas e sociais”, afirmou o presidente do Fundesa.
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