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Agro

- Publicada em 21 de Junho de 2021 às 17:35

Custos de produção de frangos aumentam quase 20% entre janeiro e maio

É a maior alta acumulada em cinco meses desde que o ICPFrango foi criado em 2010

É a maior alta acumulada em cinco meses desde que o ICPFrango foi criado em 2010


AGROSTOCK/DIVULGAÇÃO/JC
Os custos de produção de frangos de corte já subiram 19,63% entre janeiro e maio deste ano, segundo os estudos mensais publicado pela CIAS, a Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa. É o maior acumulado em cinco meses desde que o ICPFrango foi criado em 2010. Aumentos semelhantes ocorreram nos anos de 2017 (17,61%), 2016 (16,56%) e 2012 (16,23%).
Os custos de produção de frangos de corte já subiram 19,63% entre janeiro e maio deste ano, segundo os estudos mensais publicado pela CIAS, a Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa. É o maior acumulado em cinco meses desde que o ICPFrango foi criado em 2010. Aumentos semelhantes ocorreram nos anos de 2017 (17,61%), 2016 (16,56%) e 2012 (16,23%).
Somente no mês de maio o ICPFrango subiu 5,55% em relação a abril. A alimentação impactou em 76,23% dos custos totais de produção, sendo que em maio a variação foi de 5,17%. Com isso, o índice de custo de produção calculado pela Embrapa chegou aos 407,72 pontos, novo recorde desde que o ICPFrango foi criado. O custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná, produzido em aviário tipo climatizado em pressão positiva, passou dos R$ 4,99 em abril para R$ 5,27 em maio.
Já o ICPSuíno subiu 3,21% em maio na comparação com abril. No ano de 2021, este índice acumula alta de 10,82% nos custos totais de produção de suínos. Nos últimos 12 meses, a variação é de 47,25%. Com isso, o custo por quilo vivo de suíno produzido em sistema de ciclo completo em Santa Catarina subiu R$ 0,27 entre abril e maio, chegando a R$ 7,30.
Os estados de Santa Catarina e Paraná são usados como referência nos cálculos por serem os maiores produtores nacionais de suínos e de frangos de corte, respectivamente.
No Rio Grande do Sul, a alta dos custos de produção preocupa a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), que destaca que cotação do milho disparou 34,8% durante o ano e registrou aumento de 102,6% nos últimos 12 meses, alta que é 12 vezes maior que a inflação geral de 8,06% no acumulado de 12 meses, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado no dia 9 de junho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a associação, essa escalada de preços fora dos patamares de normalidade gera impactos diretos na avicultura gaúcha, que compra o cereal para fabricar ração animal. Sendo o milho a base da alimentação das aves, a subida exacerbada de preços tornou os custos de produção elevados e exigiu um esforço da cadeia produtiva para evitar que produtores abandonassem a atividade e indústrias de abate não baixassem o ritmo de produção, o que não pode ser realizado em muitos casos.
O presidente da Asgav, José Eduardo do Santos, enfatiza que muitos produtores e indústrias por iniciativa própria, reduziram a produção para evitar ao máximo repassar essa alta agonizante para o consumidor”, reforça. Santos destaca que o empenho do setor em segurar para si todo esse problema torna inadmissível responsabilizar a cadeia produtiva, como se quisesse impor gratuitamente um aumento sobre o público. “Nós vemos os consumidores como parceiros e os protegemos de qualquer majoração de preço, pois queremos continuar sendo a proteína animal mais acessível na mesa de todos”, destaca. O dirigente ainda ressalta que comparações com índices inflacionários são incompatíveis com a realidade formada por todos os entraves que pressionam o sistema de produção avícola. “Esse tipo de relação é superficial e tem o intuito de ‘vilanizar’ o setor, lugar que não aceitamos ser colocados”, determina.
Santos exemplifica os impactos econômicos para o setor em 12 meses em relação ao milho. “Se antes o produtor ou indústria gastava R$19.240,00 para alimentar 10 mil aves(milho), hoje ele gasta R$40.000,00 que justifica a reposição parcial dos custos na carne de frango”, esclarece.
Além do milho, o farejo de soja também é usado na produção de alimentação para as granjas. Em 12 meses, subiu em torno de 46,3%, o que se soma aos já elevados custos de produção que a avicultura gaúcha vive há, pelo menos, seis meses.
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