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Agro

- Publicada em 14 de Junho de 2021 às 18:26

Trigo tem melhor relação de troca para o produtor desde 2013

FecoAgro projeta que Estado pode ter safra superior a 3,5 milhões de toneladas de trigo

FecoAgro projeta que Estado pode ter safra superior a 3,5 milhões de toneladas de trigo


PAULO PIRES/DIVULGAÇÃO/JC
Os gastos do agricultor gaúcho para o cultivo de trigo tiveram alta superior a 30%, de acordo com levantamento da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) divulgado nesta segunda-feira (14). O resultado, no entanto, não deve ser visto de forma negativa, pois ainda é um cenário favorável ao produtor rural.
Os gastos do agricultor gaúcho para o cultivo de trigo tiveram alta superior a 30%, de acordo com levantamento da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) divulgado nesta segunda-feira (14). O resultado, no entanto, não deve ser visto de forma negativa, pois ainda é um cenário favorável ao produtor rural.
Os custos totais de produção para plantar um hectare de trigo, considerando a produtividade de 60 sacas por hectare, é de R$ 4.305,01, um aumento de 31,74% em comparação aos R$ 3.267,78 registrados na última safra. Assim, o custo por saca é de R$ 71,75. Considerando apenas o desembolso, o produtor terá um gasto de R$ 3.187,02 por hectare, um aumento de 32,48%. Assim, o produtor vai precisar colher de 51,25 sacas por hectare para cobrir o custo total, e 37,94 sacas para cobrir o desembolso.
Apesar dos aumentos superiores a 30% nos custos, a FecoAgro considera esta a melhor relação de troca desde a safra de 2013, com redução de 16,88% no número de sacas de trigo que devem ser colhidas para cobrir os custos da produção, considerando o preço do trigo de R$ 84,00 por saca no começo de junho deste ano. Para a Federação, o Estado pode ter uma safra superior a 3,5 milhões de toneladas de trigo, com aumento de área de até 15%, e podendo atingir a maior safra da história. O total de área plantada de trigo no Rio Grande do Sul chegou a 953 mil hectares em 2020, e deve ser expandido para 1,1 milhão de hectares neste ano.
Para Tarcísio Minetto, economista da FecoAgro, os produtos que tem seus custos calculados em dólar foram os que sofreram maior impacto para o custo. “A cada safra o produtor vem antecipando a compra dos insumos e, com isso, conseguem preços inferiores àqueles que deixam para adquirir mais próximo ao período de plantio do trigo", diz. Dentre os componentes da alta do preço estão o aumento nos preços do óleo diesel e das máquinas.
De acordo com Paulo Pires, presidente da entidade, o produtor rural está bem informado, e ciente das movimentações e influências de preço no mercado internacional. Segundo Pires, os produtores são incentivados a aumentar o plantio de trigo devido aos bons preços e à boa safra de verão, além de uma expectativa forte para o mercado de proteína animal. Segundo Pires, a alimentação animal vai propiciar um bom momento para o trigo nesta safra, assim como outros cereais de inverno. O trigo passou a ser uma fonte energética substituta ao milho na criação de animais, e virou alternativa para criadores de aves e suínos no Estado, além de ter crescimento de uso alimentício para a pecuária também na Europa. A expectativa também é de que, caso se confirme uma safra além do esperado, ocorra naturalmente uma redução nas importações do cereal.
Além disso, segundo Pires, o produtor rural deve considerar aproveitar a estrutura existente em sua propriedade e otimizá-la com cultivos de inverno. Segundo ele, dessa forma é possível gerar renda, proteger o solo e diluir custos fixos das culturas de verão.
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