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Agro

- Publicada em 28 de Maio de 2021 às 13:52

Senar-RS treina profissionais para o projeto Duas Safras

Ocupar terras ociosas no inverno aumenta a renda do produtor e as opções para alimentação animal

Ocupar terras ociosas no inverno aumenta a renda do produtor e as opções para alimentação animal


FÁBIO SCHMIDT/DIVULGAÇÃO/JC
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS) e a Embrapa estão unidos em um projeto que promete gerar renda aos agricultores e que pode expandir os negócios da suinocultura e da avicultura, além da pecuária de corte e de leite. É o projeto Duas Safras, que tem como foco ampliar o plantio de culturas de inverno também mirando a alimentação animal.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS) e a Embrapa estão unidos em um projeto que promete gerar renda aos agricultores e que pode expandir os negócios da suinocultura e da avicultura, além da pecuária de corte e de leite. É o projeto Duas Safras, que tem como foco ampliar o plantio de culturas de inverno também mirando a alimentação animal.
Desde a semana passada, cem profissionais das empresas que se relacionam com o Senar-RS - entre professores, instrutores, técnicos e supervisores de campo - estão recebendo treinamento on-line da Embrapa Trigo, de Passo Fundo. A capacitação repassa aos profissionais novidades em termos de tecnologias para o manejo de culturas como o trigo, principal cultura do inverno gaúcho, além de cevada, centeio, triticale e aveia.
Um dos objetivos do Duas Safras, projeto capitaneado pela Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) e Associação de Brasileira da Proteína Animal (ABPA), junto com outras entidades e empresas, é explorar áreas que, no inverno, não estejam envolvidas com a produção de grãos. E a colheita serviria para resolver dois problemas. Um deles é a dificuldade de alimentar o rebanho bovino no verão com forragens conservadas, quando a atividade perde área para o plantio de soja. A outra é reduzir o déficit de aproximadamente 9 milhões de toneladas de milho, principal fonte energética de aves e suínos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
De acordo com o superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, o Rio Grande do Sul tem pelo menos 5 milhões de hectares disponíveis. Desses, pelo menos 1 milhão de hectares são áreas destinadas ao arroz que estão em período de descanso entre ciclos produtivos. Esses espaços poderiam ser usados no cultivo de milho. A Embrapa Clima Temperado, de Pelotas, desenvolve técnicas de manejo do solo mais úmido para a adaptação do grão.
“Encontramos na Embrapa Trigo a possibilidade de usar mais de 4 milhões de hectares que o Estado tem e que, no inverno, viram pastagem ou cobertura vegetal para esperar a soja. Elas podem ser empregadas em culturas de inverno. Além do trigo, há espaço para cevada, centeio, triticale, aveia”, completa Condorelli.
A aquisição desses grãos será feita pela indústria, mas, conforme Condorelli, a Farsul está se articulando com entidades veiculadas a ABPA e a associações de produtores de aves e suínos para que acenem com programas de aquisição e canais de comercialização desses produtos.
“A intenção é incentivar o produtor, mostrando caminhos técnicos para produzir grãos que não estão no mercado, assim como identificamos dificuldade na pecuária. Queremos que ele venda”, comenta o superintendente.
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