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Agro

- Publicada em 06 de Maio de 2021 às 10:05

Aviação agrícola passa a contar com índice próprio de inflação

Dados compilados ajudarão empresários a gerenciar melhor os custos, de acordo com o Sindag

Dados compilados ajudarão empresários a gerenciar melhor os custos, de acordo com o Sindag


SINDAG/DIVULGAÇÃO/JC
Com um levantamento de custos do setor desde 2003, o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) lançou nesta semana o Índice Nacional de Inflação da Aviação Agrícola (IAVAG). O novo coeficiente tem como objetivo facilitar aos operadores aeroagrícolas o cálculo do preço de seus serviços, dando mais clareza nas negociações de contratos e garantindo a sustentabilidade das empresas.
Com um levantamento de custos do setor desde 2003, o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) lançou nesta semana o Índice Nacional de Inflação da Aviação Agrícola (IAVAG). O novo coeficiente tem como objetivo facilitar aos operadores aeroagrícolas o cálculo do preço de seus serviços, dando mais clareza nas negociações de contratos e garantindo a sustentabilidade das empresas.
O índice foi construído a partir da análise de diversos itens que influenciam nas despesas operacionais da aviação agrícola no País. Mas foi consolidado a partir de três fatores básicos: variação do dólar (com pelo de 40%), oscilação do custo de combustíveis (petróleo e etanol, cuja média entre ambos tem peso de 20%) e a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do IBGE. As tabelas do Iavag e seus fatores já estão disponíveis no site do Sindag – no menu acessível na janela Aviação Agrícola.
Administrador e doutor em Agronegócio, Cristian Foguesatto explica que foram considerados os fatores que mais afetam o setor, cujos índices foram avaliados no passar do tempo. “Avaliamos desde 2003, que foi até onde se conseguiu dados confiáveis de todos”, completou.
Gerente de Projetos do Grupo Rara (parceiro do Sindag na empreitada), Foguesatto contou que, no caso dos combustíveis, a variação do petróleo (gasolina de aviação e querosene de aviação) foi somada à oscilação do etanol e dividida por dois. Isso porque o setor utiliza tanto os combustíveis fósseis quanto o biocombustível.
“Já o INPC mede a inflação sentida pelos consumidores com renda familiar de um até cinco salários-mínimos, o que abrange boa parte dos colaboradores do setor”, diz Foguesatto.
Ele lembrou que, embora a equipe tivesse se debruçado ainda sobre o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, também do IBGE), sua oscilação não teve diferença significativa. Por isso ele foi descartado. “A variação do dólar foi o primeiro índice avaliado. Isso porque vários custos aeroagrícolas – manutenção e as própria aeronaves, por exemplo – estão atrelados à moeda norte-americana”, justificou o consultor.
Com tudo isso, a conclusão foi de que, entre janeiro de 2003 e janeiro deste ano, o custo operacional básico da aviação agrícola aumentou 181,35%. Considerando só o primeiro mês deste ano, o Iavag ficou em 3,01%.
Secretário executivo do Sindag e coordenador do projeto do Iavag, Júnior Oliveira acrescenta que o debate em torno de custos e preços mais adequados ao setor ganhou força especialmente nos últimos dois anos. Nesse período, o sindicato aeroagrícola promoveu seminários de gestão financeira aeroagrícola (em dois módulos) e, no ano passado, iniciou uma pesquisa de preços aeroagrícolas praticados em todos os Estados e culturas atendidas pelos operadores do setor. Segundo ele, o próximo passo será disponibilizar uma calculadora na página do Sindag, para que o internauta possa calcular a variação da inflação de acordo com a data que está negociando.
A busca de um balizador adequado sobre os custos do setor ganhou importância em tempos de margens reduzidas, explica o presidente do Sindag, Thiago Magalhães Silva. O presidente do Sindag diz ainda que  que muitas empresas não trabalham com um sistema estruturado de gestão de custos e há cada vez mais necessidade de fôlego para investir em tecnologias.
“Muitas vezes os empresários aeroagrícolas acabam aceitando contratos de serviços de preço fixo que parece vantajoso na largada, mas logo perdem valor e fica mais difícil renegociar. O que mais tarde acaba também colocando em risco a própria sobrevida de sua empresa”.
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