Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Agro

- Publicada em 20 de Janeiro de 2021 às 10:20

Preços pagos ao produtor rural recuam 10,8% em dezembro, mas alta no ano é de 80,5%

A queda em dezembro é reflexo da taxa cambial e menor fluxo de comercializações

A queda em dezembro é reflexo da taxa cambial e menor fluxo de comercializações


WENDERSON ARAUJO/CNA/DIVULGAÇÃO/JC
O Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais do Rio Grande do Sul (IIPR) teve um recuo de 10,80% em dezembro - no acumulado do ano, porém, alta é de mais de 80%. De acordo com a Federação da Agricultura do Estado (Farsul), dezembro foi a única vez que o indicador registrou um resultado negativo em 2020.
O Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais do Rio Grande do Sul (IIPR) teve um recuo de 10,80% em dezembro - no acumulado do ano, porém, alta é de mais de 80%. De acordo com a Federação da Agricultura do Estado (Farsul), dezembro foi a única vez que o indicador registrou um resultado negativo em 2020.
A queda é reflexo da taxa cambial no período junto com um menor fluxo de comercializações. No ano passado, no entanto, o IIPR valorizou 80,51%, bem acima do IPCA Alimentos que teve alta de 14,09% no período, como aponta a assessoria econômica da entidade em relatório divulgado nesta quarta-feira (20).
O descolamento entre os índices é resultado de um conjunto de fatores. A estiagem que atingiu a safra anterior e prejudicou o rendimento médio das lavouras, o que refletiu em uma oferta interna menor de produtos agrícolas. A variação cambial foi outro item importante, tendo o real desvalorizado, em média, 31% entre 2019 e 2020. O Auxílio Emergencial também colaborou para o resultado com o aumento da demanda por alimentos.
Apesar dos preços recebidos terem aumentando consideravelmente no ano, boa parte dos produtores não se beneficiou plenamente dessa valorização. Além das perdas geradas pela seca, o crescimento aconteceu depois que boa parte da safra já havia sido comercializada gerando menor disponibilidade de produtos no momento de alta.
Mesmo assim, acrescenta a Farsul, o período permitiu melhores margens aos produtores apesar dos custos de produção terem apresentado um aumento significativo de 7,50% em 2020, conforme o Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP). 
A alta cambial afetou diretamente nos preços dos insumos, em sua grande maioria importados. Já em dezembro o indicador apresentou uma deflação de 0,42% na comparação com novembro diante da retração de 5,4% na taxa de câmbio.
O resultado no ano, em termos de custos, só não foi maior, segundo a entidade, em razão da queda do preço do petróleo no primeiro trimestre, o que amenizou um pouco os preços dos combustíveis naquele período.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO