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Agro

- Publicada em 09 de Dezembro de 2020 às 15:59

Setor de aves e suínos deve encerrar 2020 em alta

Santin afirma que consumo de carnes de frango e porco, assim como ovos, deve atingir números recordes

Santin afirma que consumo de carnes de frango e porco, assim como ovos, deve atingir números recordes


EDI PEREIRA/DIVULGAÇÃO/JC
Os setores de avicultura e suinocultura devem encerrar o ano de 2020 com resultados positivos. De acordo com projeções apresentadas nesta quarta-feira (9) pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a produção, as exportações e o consumo per capita de carne de frango, carne suína e de ovos terão altas em relação ao ano passado.
Os setores de avicultura e suinocultura devem encerrar o ano de 2020 com resultados positivos. De acordo com projeções apresentadas nesta quarta-feira (9) pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a produção, as exportações e o consumo per capita de carne de frango, carne suína e de ovos terão altas em relação ao ano passado.
De acordo com a ABPA, a produção brasileira de carne de frango poderá alcançar até 13,8 milhões de toneladas em 2020, alta de 4,2% em relação às 13,245 milhões de toneladas produzidas em 2019. Já as exportações do setor poderão chegar a 4,23 milhões de toneladas, número 0,5% superior maior do que o registrado no ano passado. Assim, a disponibilidade total prevista para o mercado interno deve chegar a 9,6 milhões de toneladas, volume 6,3% maior do que as 9 milhões de toneladas no mesmo período de 2019. O consumo per capita deverá chegar a 45kg em 2020, 5% maior do que os 42,84kg do ano passado.
A produção de ovos deve alcançar 53,5 bilhões de unidades produzidas em 2020. Isso significa um aumento de 9,1% na comparação com o resultado do ano passado, quando foram produzidas 49 bilhões de unidades. O consumo deve crescer de 230 unidades para 250, um aumento de 8,7%.
Já a produção de carne suína deve ter um aumento de 8%, indo de 3,98 milhões de toneladas para 4,3 milhões em 2020. A projeção para exportações é que, pela primeira vez, superem a casa de 1 milhão de toneladas, com total previsto de até 1,03 milhão. O número é 37% superior às 750 mil toneladas embarcadas em 2019. No mercado interno, a disponibilidade total poderá totalizar 3,3 milhões de toneladas, número até 2% superior ao registrado em 2019 de 3,233 milhões de toneladas. O consumo per capita deverá acompanhar o crescimento vegetativo da população, estabilizado em 15,3 quilos.
De acordo com o presidente da Associação, Ricardo Santin, parte desses números podem ser considerados recordes históricos, casos das produções de carne de frango, da produção e das exportações de carne suína, e da produção e consumo per capita de ovos. “Apesar do momento altamente desafiador vivido neste ano — com custos em patamares históricos e os impactos econômicos e sociais causados pela pandemia — a avicultura e a suinocultura do País fecharão o ano com resultados positivos. Ao mesmo tempo em que apoiaram o abastecimento de alimentos em meio à crise, fomentaram novas oportunidades de trabalho e a economia de centenas de cidades onde estão instaladas”, avalia Santin.
Para o presidente da entidade, um dos fatores que impulsiona as exportações brasileiras de aves e de suínos é a crise sanitária de Peste Suína Africana, que impactou o rebanho suíno da Ásia, de parte da Europa e da África. “As nações asiáticas se consolidaram como principais importadoras das carnes de aves e de suínos do Brasil, e foram os principais vetores do resultado do ano nos dois setores”, explica.
Além disso, de acordo com o diretor de Mercados, Luis Rua, o impacto da pandemia no fluxo de passageiros “passageiros retraiu a importação de grandes destinos islâmicos da proteína animal do Brasil, como os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita — especialmente no auge da crise pandêmica nestes países. Com a diminuição dos casos e retorno gradativo do turismo nestas nações, temos observado melhora significativa na venda destes mercados”.
Para 2021, a ABPA projeta que a produção brasileira de carne de frango poderá alcançar até 14,5 milhões de toneladas, número que superaria em 5,5% a previsão para 2020. A associação também projeta que as exportações cheguem a 4,35 milhões de toneladas, e a disponibilidade no mercado interno chegue a 10,1 milhões de toneladas. A produção de ovos deve manter o ritmo de crescimento no próximo ano, com total de 56,2 bilhões de unidades, assim como a produção de carne suína que pode totalizar 4,4 milhões de toneladas em 2021, com previsão de exportação total de 1,1 milhão de toneladas e oferta de 3,32 milhões de toneladas no mercado doméstico.
Para Santin, a pressão asiática pelas carnes de frango e suíno deve se manter elevada, além da perspectiva de retomada de grandes importadores como as Filipinas e a renovação da cota de importação do México, além de crescimento no Japão, que sediará as Olimpíadas. Além disso, ele espera que a retomada econômica nacional impacte positivamente o setor.
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