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Gafanhotos são avistados no Rio Grande do Sul; agricultores temem ataque a lavouras
Insetos já causaram danos em árvores e vegetação rasteira
PREFEITURA DE SANTO AUGUSTO/DIVULGAÇÃO/JC
Thiago Copetti
Pelo menos dois agrupamentos de gafanhotos foram identificados em municípios do Noroeste do Rio Grande do Sul e provocam apreensão na região sobre riscos de ataques a lavouras.
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Pelo menos dois agrupamentos de gafanhotos foram identificados em municípios do Noroeste do Rio Grande do Sul e provocam apreensão na região sobre riscos de ataques a lavouras.
Agricultores de Santo Augusto, onde houve registros, temem por danos em lavouras de soja, assim como em São Valério do Sul, onde os insetos também foram avistados. Os primeiros registros de insetos em maior volume foram feitos na segunda-feira (30/11) e aumentaram nesta terça-feira (1/12)
Em Santo Augusto os gafanhotos já atacaram árvores e plantas rasteiras. O medo é que os grupos de insetos alcancem lavouras de soja, de acordo com o secretário de Agricultura da cidade, Luiz Bertolo.
“Estamos coletando dados e esperando técnicos da Secretaria da Agricultura do Estado para fazer o controle. Há partes do interior do município em que a presença dos insetos já causou danos em várias árvores”, relata Bertolo.
VÍDEO: Como ficaram árvores e plantas rasteiras após a ação dos gafanhotos
Os gafanhotos podem ser da mesma espécie identificada no final de novembro distantes cinco quilômetros de Porto Xavier, na fronteira com a Argentina. De acordo com Ricardo Felicetti, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Secretaria Estadual de Agricultura, os insetos identificados no Rio Grande do Sul, porém, não seriam migratórios.
"Essa hipótese já foi descartada, e também não é uma nuvem. É uma infestação localizada e pontual e, de certa forma, esperado devido as condições climáticas das duas últimas safras, que predispõe essa situação", explica Felicetti.
O agrônomo, porém, avalia que devem ser da mesma espécia que está na região de Missiones, na Argentina, dada a proximidade e similaridade entre as duas regiões. Ainda que considerados menos vorazes do que os Schistocerca cancellata e as gigantescas nuvens registradas no país vizinho em junho e julho passados, os Chromacris speciosa, conhecidos no Brasil como gafanhotos-soldado, podem exigir ação para sua eliminação no território gaúcho. Uma ação com controle químico não está descartada.
"Essa espécie normalmente se alimenta de mata nativa e vegetação espontânea, mas havendo desequilíbrio, com um maior número de insetos, podem se alimentar de lavouras. Estamos avaliando isso em diligências a campo para ver se há potencial dano nas lavouras do Estado", esclarece Felicetti.