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Agro

- Publicada em 26 de Novembro de 2020 às 03:00

Genômica pode atingir 50% de reprodutores Angus em dois anos

Em dois anos, o Brasil deve atingir o mesmo patamar de genotipagem de reprodutores Angus dos Estados Unidos. Resguardadas as proporções dos rebanhos, a meta é ter um em cada dois animais avaliados no Promebo genotipado, segundo o chefe da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Cardoso, durante a 3ª Jornada Técnica Angus. Segundo ele, a previsão é realista e factível.
Em dois anos, o Brasil deve atingir o mesmo patamar de genotipagem de reprodutores Angus dos Estados Unidos. Resguardadas as proporções dos rebanhos, a meta é ter um em cada dois animais avaliados no Promebo genotipado, segundo o chefe da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Cardoso, durante a 3ª Jornada Técnica Angus. Segundo ele, a previsão é realista e factível.
O trabalho de genômica dos rebanhos Angus do Brasil vem sendo acompanhado de perto pelos geneticistas norte-americanos, principalmente por ofertar análises para características inéditas e de difícil mensuração, como a resistência ao carrapato. O pesquisador canadense e diretor da Angus Genetics Inc (AGI), Stephen Miller, apresentou a expansão consistente da genômica no rebanho dos EUA. O trabalho iniciou-se em 2010. Em 2012, eram 11 mil animais genotipados, marca que atingiu 873 mil em 2020 e, dentro de um ano, deve passar das históricas 1 milhão de cabeças.
Cardoso indicou que a grande contribuição da genômica para a pecuária brasileira virá exatamente da predição de característica de alta importância econômica, como a resistência ao carrapato e a eficiência alimentar. Outra tendência na mira do pesquisador é a avaliação da longevidade de vacas e do perfil de ácidos graxos, critério que pode ser decisivo para definição de animais capazes de produzir uma carne cada vez mais saudável. "A adoção da genômica no Brasil vai trazer aceleração de ganho genético e permitir que se selecione por características de alto valor econômico", ponderou. O avanço deste trabalho significa dar ao selecionador Angus a oportunidade de desenvolver linhagens completas de animais superiores e, por consequência, de alto valor de mercado.
No Brasil, informou Cardoso, a genômica está iniciando com uma população de referência de aproximadamente 7 mil exemplares. Na resistência ao carrapato, por exemplo, a população de referência é de 1.200 animais, um trabalho que deve seguir continuamente como forma de atualizar o rebanho a novas tendências. Para viabilizar o projeto, a Associação Brasileira de Angus e a Embrapa firmaram, em 2020, uma parceria público-privada que prevê a geração de mais 1.500 genótipos até 2022. "Esse estudo permitirá o crescimento da população de referência para o carrapato, avançando na produção de um Angus para adaptação aos trópicos".
 
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