O Bradesco elevou a projeção para o dólar e a inflação oficial no fim deste ano, conforme relatório divulgado nesta sexta-feira (26). A estimativa para a taxa de câmbio passou de R$ 5,00 para R$ 5,30, enquanto a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pulou de 3,50% para 3,90%, com o banco juntando-se ao grupo crescente de instituições que já esperam resultado acima do centro da meta (3,75%).
"Entendemos esse choque de inflação como sendo majoritariamente transitório", argumenta, citando que a alta de 64% das commodities em reais desde o início do ano passado chegou em um momento em que o mercado de bens estava aquecido, mas que isso não deve se repetir ao longo deste ano. "Por essas razões, entendemos que a remoção dos estímulos por parte do Banco Central deva ser gradual e acompanhada, como de hábito, de análise atenta dos dados", ponderando que aumentou a chance do aperto monetário ser iniciado em março, e não em maio.
O banco cita a nova rodada de alta das commodities em reais e os dados correntes mais pressionados para justificar a mudança de cenário para inflação, enquanto a piora no câmbio é explicada pelas incertezas domésticas.