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Porto Alegre, segunda-feira, 04 de junho de 2018.

Jornal do Com�rcio

Opini�o

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editorial

Not�cia da edi��o impressa de 05/06/2018. Alterada em 04/06 �s 21h02min

Exporta��es podem aliviar crise econ�mica brasileira

Passados os piores momentos da greve dos caminhoneiros, o Brasil deve se voltar aos problemas que ainda estão à espera de solução. Claro, somente com uma reação da economia, com mais produção, consumo e empregos, é que poderemos ter a exata sensação de um recomeço ainda mais forte do Produto Interno Bruto (PIB) de 2018, recém-rebaixado de 2,37% para 2,18%. A inflação deste ano subiu de 3,60% para 3,65%.
Não é de todo ruim, mas bem longe do que precisamos, por alguns anos, crescimento em torno de 4,5% a 5%. Felizmente, as exportações aumentaram 12,7% em abril ante igual mês de 2017, enquanto as importações cresceram 28,7% na mesma base de comparação. No acumulado do ano até abril, o crescimento foi de 9,6% para as exportações e 15,9% para as importações, na comparação com os quatro primeiros meses do ano passado. Os dados são do Indicador do Comércio Exterior (Icomex), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Mas, com a paralisação de maio haverá reflexos negativos, a serem confirmados em junho. O resultado da balança comercial até abril, superávit de US$ 26,2 bilhões, ante US$ 21,3 bilhões no primeiro quadrimestre de 2017, traz um certo alívio. Isso por conta das turbulências do setor externo, como a imposição de tarifa na exportação de alumínio - no aço foi retirada - para os Estados Unidos, a valorização do dólar em todo o mundo e o cenário de crise na Argentina, mais afetada pelo movimento na moeda americana. Porém, o aumento das importações supera o das exportações e um dos fatores que contribuíram para esse resultado seria a retomada do crescimento econômico do País, após recuos no PIB da ordem de 3,5% em 2015/2016, segundo os analistas.
Ora, importar insumos para a produção de vários setores industriais também é algo alvissareiro, sabemos.
Na comparação de abril com abril do ano passado, o volume exportado recuou 3,5% e o volume importado cresceu 8,2%. Uma soma de fatores adversos tem prejudicado o setor comercial e industrial e a greve que recém-terminou, mais do que previsível, mostrará reflexos nos próximos números. Simultaneamente às dificuldades, há muitos anos que se fala que o País precisa agregar valor no que vende ao exterior e não ficar apenas nas commodities. No entanto, são elas que têm sustentado a balança comercial e impedido que o déficit nas contas externas atinja valores inimagináveis. Evidentemente que é muito bom que haja, pelo menos, uma agenda positiva em meio a tanto desgaste entre nós.
Temos programa visando, justamente, facilitar o embarque de mercadorias e a ampliação dos mercados compradores, caso da China, que está disposta, após as rusgas comerciais com os Estados Unidos, em ampliar as trocas com o Brasil. E um acordo comercial do Mercosul com a União Europeia poderá sair nos próximos meses. Precisamos conferir um novo status ao comércio exterior e participar mais desse movimento global. O Plano Nacional de Exportações representa esforço federal para reverter o desânimo com os rumos da economia e emplacar uma agenda positiva.
Exportar é o que importa tanto é verdade que Donald Trump, presidente da ainda maior economia do mundo, os Estados Unidos da América (EUA), está pressionando os parceiros comerciais a abrirem seus mercados, com a revisão de acordos internacionais firmados pelo seu antecessor, Barack Obama. A União Europeia (UE) está às voltas para resolver, sem maiores traumas, novo acordo comercial, com a saída do Reino Unido. Enfim, há alguma esperança de um 2018 melhor para o Brasil do que as más previsões de agora.
 
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