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Geral

- Publicada em 06 de Junho de 2018 às 14:33

Dragas já retiraram 80 toneladas de materiais do arroio Dilúvio

Pneus ficam expostos às margens do Dilúvio mostrando os materiais que são removidos da água

Pneus ficam expostos às margens do Dilúvio mostrando os materiais que são removidos da água


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Em pouco mais de 20 dias de trabalho, duas dragas já retiraram 80 toneladas de materiais (terra, com e lixo) de dentro do arroio Dilúvio, principal canal de água que corta a região próximo ao Centro de Porto Alegre e que deságua no lago Guaíba. O principal trecho, com oito quilômetros, é margeado pela avenida Ipiranga. Desde novembro de 2016, o arroio não passava por dragagem para combater o assoreamento. Além da terra, foram "resgatados" 50 pneus que estavam mergulhados no canal. 
Em pouco mais de 20 dias de trabalho, duas dragas já retiraram 80 toneladas de materiais (terra, com e lixo) de dentro do arroio Dilúvio, principal canal de água que corta a região próximo ao Centro de Porto Alegre e que deságua no lago Guaíba. O principal trecho, com oito quilômetros, é margeado pela avenida Ipiranga. Desde novembro de 2016, o arroio não passava por dragagem para combater o assoreamento. Além da terra, foram "resgatados" 50 pneus que estavam mergulhados no canal. 
Os resíduos, formado por material orgânico, pneus (que não são contabilizados nas toneladas), bolas de futebol, recipientes plásticos, roupas e uma diversidade de objetos, podem ser conferidos por quem passa pelo trecho onde as máquinas da empresa Maraskin estão trabalhando desde 14 de maio. O trecho com uma extensão estimada de 400 metros fica entre as ruas Silva Só e a São Vicente. "Tem uma curva que acaba fazendo a água perder velocidade, gerando mais acúmulo de sedimentos", explica Ana Paula Campos Westphalen, funcionária concursada da prefeitura e que fiscaliza o serviço.
O ponto onde duas escavadeiras trabalham entre as 7h e 17h virou ponto de atração para quem reside ou transita na região. "Impressiona como a sociedade se descuida tanto. A quantidade de pneus é a medida da preocupação e importância que damos aos recursos naturais", lamenta Glayco De Bem Almeida, servidor de carreira do Ministério Público. Almeida mora nas proximidades e acompanhou por um tempo o vai-e-vem das máquinas. "A sociedade está aí para ser educada", observa ele, cobrando empenho da prefeitura em educar as pessoas para evitar que lixo e outros materiais sejam despejados no arroio. 
A previsão da Divisão de Manutenção de Águas Pluviais (Dmap), herdada do antigo Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) e hoje ligada à Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb), é que a dragagem seja feita até agosto. O que vai determinar a duração é a quantidade de resíduos removida, seguindo o limite do contrato que abrange também remoção de materiais em outros arroios e canais pluviais da cidade. 
"Caso ainda haja quantitativo de dragagem (no contrato), temos perspectiva de fazer o trecho entre a avenida Cristiano Fischer e o campus da Pontifícia Universidade Católica do Rs (Pucrs)", diz Ana. Esse trecho é considerado um dos mais críticos. Ao longo do arroio, observa-se a formação de bancos de terra, com vegetação e árvores que acabaram brotando na matéria orgânica. A fiscal cita que o material removido é levado a um aterro licenciado e, de lá, o material é vendido, mas tem de passar por recuperação.       
A última operação de remoção de materiais ocorreu em novembro de 2016. Nas retiradas anteriores ao procedimento atual, o volume seguiu a medida de metro cúbico e somou 93,4 mil metros cúbicos em 2013; 42,7 mil, em 2014; 37,4 mil, em 2015; e 21,8 mil, em 2016. 
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