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Mercado de Capitais

- Publicada em 05 de Junho de 2018 às 19:11

Dólar à vista registra alta de 1,85% e vai a R$ 3,81

Banco Central tentou intervir injetando US$ 2,3 bilhões no câmbio

Banco Central tentou intervir injetando US$ 2,3 bilhões no câmbio


/JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
Mesmo com forte intervenção do Banco Central (BC), que injetou um total de US$ 2,3 bilhões ontem no mercado de câmbio, o dólar subiu 1,85% e fechou a R$ 3,8101, maior cotação desde 3 de março de 2016 (R$ 3,8102), período que antecedeu o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Mesmo com forte intervenção do Banco Central (BC), que injetou um total de US$ 2,3 bilhões ontem no mercado de câmbio, o dólar subiu 1,85% e fechou a R$ 3,8101, maior cotação desde 3 de março de 2016 (R$ 3,8102), período que antecedeu o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O real foi a moeda que mais perdeu valor ontem ante a divisa dos Estados Unidos entre os principais emergentes, em meio a um quadro de renovadas incertezas com os rumos da economia brasileira e com as eleições. O dólar já subiu quase 15% só em 2018, e especialistas em câmbio apontam que o mais provável é que siga se fortalecendo no Brasil e em outros mercados.
A calmaria vista no mercado de câmbio na segunda-feira durou pouco, e o dólar já começou o dia em alta forte, movimento que fez a moeda bater em R$ 3,80 pela primeira vez desde maio de 2016. Com isso, o BC teve que anunciar um leilão extraordinário de swap, que previa a venda de até US$ 1,5 bilhão em contratos. Como o lote não foi integralmente vendido, foi anunciado um leilão residual. Foi a primeira vez em que o BC fez uma atuação discricionária no mercado desde 18 de maio do ano passado, um dia após a divulgação do áudio que o empresário Joesley Batista gravou com o presidente Michel Temer.
 

Sentimento de aversão ao risco leva Ibovespa a sofrer queda de 2,49%

O mercado brasileiro de ações foi fortemente afetado pelo sentimento de aversão ao risco doméstico pelos investidores na sessão do ontem. Dessa forma, o Índice Bovespa fechou em queda de 2,49%, aos 76.641 pontos.
Um conjunto de fatores contribuiu para o mau humor dos investidores, mas entre os ingredientes mais indigestos do dia estiveram as incertezas quanto à política de preços da Petrobras e o quadro eleitoral indicando polarização entre candidatos considerados populistas. Nesse cenário, a alta do dólar para além dos R$ 3,80 e a esticada da curva de juros foram motivos de estresse no mercado de ações.
As ações mais penalizadas ao longo do dia foram as do setor financeiro, que amargaram perdas expressivas, de até 6,37%. Esse foi o caso de Banco do Brasil ON, importante termômetro do risco político na bolsa. Petrobras ON e PN caíram 3,00% e 5,36%, respectivamente. Eletrobras ON e PNB, papéis de outra estatal, despencaram 7,81% e 8,15%.
Na última sexta-feira, dia em que Pedro Parente oficializou sua saída da Petrobras, os investidores estrangeiros retiraram R$ 912,366 milhões da B3. Naquele dia, o Ibovespa fechou em alta de 0,63%, mas as ações da Petrobras caíram quase 15%. Com esse resultado, o saldo líquido de capital estrangeiro na B3 em 2018 está negativo em R$ 4,924 bilhões.
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