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Economia

- Publicada em 05 de Junho de 2018 às 22:47

Novas tecnologias desafiam o desenvolvimento do segmento automotivo no Brasil

Manufatura aditiva é uma das principais novidades, afirma Veit

Manufatura aditiva é uma das principais novidades, afirma Veit


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Guilherme Daroit
Cada vez mais perto, a nova revolução fabril, conhecida pela alcunha alemã Indústria 4.0, norteia os debates na indústria brasileira. Desenvolvidas e pensadas nos países líderes, como a própria Alemanha e os Estados Unidos, as modernas tecnologias ainda buscam espaço no Brasil, onde o cenário, claro, é distinto. O tempo, entretanto, já está correndo, e os setores estudam de que forma entrar no processo, como faz a indústria automotiva, historicamente, uma das mais importantes no País.
Cada vez mais perto, a nova revolução fabril, conhecida pela alcunha alemã Indústria 4.0, norteia os debates na indústria brasileira. Desenvolvidas e pensadas nos países líderes, como a própria Alemanha e os Estados Unidos, as modernas tecnologias ainda buscam espaço no Brasil, onde o cenário, claro, é distinto. O tempo, entretanto, já está correndo, e os setores estudam de que forma entrar no processo, como faz a indústria automotiva, historicamente, uma das mais importantes no País.
As mudanças e a situação do segmento foram o tema do evento Tecnologias e Tendências para o Setor Automotivo, realizado ontem pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RS) em Porto Alegre. "Temos que discutir onde o Brasil, como um mercado emergente, se encaixa nessa história", argumenta o coordenador técnico na Gerência de Inovação e Tecnologia do Senai-RS, Jordão Gheller Junior. O investimento ainda é baixo, comenta Gheller, que sustenta que a cadeia automotiva no Rio Grande do Sul deveria estar mais atenta ao processo de transformação porque, se "perder o bonde", será muito mais difícil embarcar depois.
Uma das principais novidades, já em curso em situações de baixa escala, é a manufatura aditiva. A técnica é produzida por impressoras 3D, que constroem os produtos por camadas, ao contrário da manufatura tradicional, que consiste em retirar excessos a partir de blocos de materiais. "Quando fiz minha tese de doutorado sobre isso, achava que, em 20 ou 25 anos, veríamos resultados. Passaram quatro anos, e já temos vários exemplos acontecendo", comenta o coordenador do curso de Engenharia de Produção da Unisinos, Douglas Rafael Veit. Uma iniciativa apontada por Veit é da Embraer, que produz peças poliméricas não estruturais em impressoras e as implanta em seus aviões.
Parte dos esforços em andamento nas montadoras, entretanto, é o uso de novos materiais na produção, com os objetivos principais de propiciar mais qualidade e redução no peso (que, por sua vez, gera menor consumo de combustível) - e nem sempre menor preço, é o que conta o coordenador de Engenharia de Materiais da General Motors no Brasil, Amauri Gentil. "Temos peças, antes metálicas, que conseguimos migrar para poliméricas ou mesmo híbridos de ambos", conta Gentil, citando como exemplo a barra lateral, tradicionalmente um tubo de aço, agora produzida com materiais como alumínio, polímeros e fibra de vidro.
Outra mudança em curso é o aumento exponencial da tecnologia embarcada nos veículos, com softwares que reconhecem sonolência e situações de emergência, e que eliminam pontos cegos. Do primeiro carro, com 100 linhas de código, lançado em 1977, atualmente, a média é de 50 a 100 milhões de linhas de código embarcadas por carro, que representam 40% dos custos em relação aos demais componentes, números que tendem a crescer ainda mais no futuro breve.
 
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