Com a retomada da oferta de combust�veis na semana passada, o Procon-Porto Alegre, que realiza periodicamente levantamento do pre�o da gasolina comum, iniciou pesquisa acerca dos valores praticados no �leo diesel entre os postos da Capital. Ontem, os pre�os variavam de R$ 3,149, no posto Shell da Vicente da Fontoura, 850, a R$ 3,799, no BR da Jos� do Patroc�nio, 707. Al�m disso, o �rg�o tamb�m trabalha para estabelecer uma curva de pre�os e trazer uma maior resposta a popula��o a partir da coleta de informa��es junto aos postos.
A diretora executiva da entidade, Sophia Vial, explica que a a��o � praticada em conjunto com o gabinete de crise da prefeitura de Porto Alegre. Cerca de 270 postos da Capital foram notificados com o intuito de que informem se houve o desconto determinado pela Portaria n� 735 do Minist�rio da Justi�a, que reduziu o pre�o do insumo. "Recebemos as informa��es at� o final da tarde desta segunda-feira, a partir delas realizaremos an�lises t�cnicas, em cima de cada nota fornecida; e, nos pr�ximos dias, poderemos dar um retorno sobre o assunto", diz Sophia.
A aten��o do Procon, no momento, tamb�m recai, segundo Sophia, sobre um falso alerta disparado nas redes sociais creditando o tabelamento do g�s GLP ao �rg�o. A diretora esclarece que a entidade n�o trabalha com esse tipo de a��o, mas salienta que � poss�vel realizar den�ncias caso o consumidor desconfie de abusos de pre�o na cobran�a pelo produto. Sophia exemplifica a atua��o do Procon a partir da notifica��o de revenda de g�s praticante de pre�os abusivos durante o desabastecimento, quando foram encontrados pre�os de R$ 100,00, enquanto o habitual seria de R$ 75,00.
Ontem tamb�m foram divulgados os pre�os da gasolina comum, com varia��o entre
R$ 4,599 a R$ 4,899, e do etanol, com varia��o de R$ 3,549 a R$ 4,190. Desde o �ltimo levantamento, realizado na sexta-feira passada, tr�s postos de gasolina reduziram o valor do combust�vel, e um estabelecimento aumentou seu pre�o. Durante a paralisa��o, segundo Sophia, n�o houve notifica��es de postos nos moldes da revenda de GLP, uma vez que o pre�o m�ximo encontrado foi de R$ 6,25 em gasolinas com aditivos espec�ficos.
Os postos de combust�veis aguardam orienta��o do governo aos Procons quanto � concess�o do desconto de R$ 0,46 por litro de diesel. "A portaria (que determinou o repasse do desconto �s bombas) � muito superficial e gen�rica", disse ontem o presidente da Federa��o Nacional do Com�rcio de Combust�veis e Lubrificantes (Fecombust�veis), Paulo Miranda Soares. "N�o d� para saber o que o governo quer." Ele pediu esclarecimentos ao Minist�rio da Justi�a.
A d�vida se deve ao fato de o desconto recair sobre o pre�o nas refinarias, e a portaria determinar que os postos de gasolina devem aplic�-lo. "Mas os postos n�o compram das refinarias, eles compram das distribuidoras", disse o executivo. "S� vou conseguir repassar se a distribuidora reduzir o diesel para mim."
Ele disse que h� 41 mil postos de combust�veis em todo o Pa�s e que esse �, na cadeia do petr�leo, o elo onde h� maior competi��o. "Eu quero atender bem os meus clientes. O que eu puder repassar, eu vou repassar", comentou.
O secret�rio executivo do Minist�rio de Minas e Energia, M�rcio F�lix, disse que alguns postos ainda comercializam diesel comprado pelo pre�o antigo, por isso ainda n�o aplicam o desconto. "N�o tenho d�vida que os R$ 0,46 ser�o repassados", afirmou. A fiscaliza��o do repasse desse desconto e a normaliza��o do abastecimento s�o as prioridades do momento para o governo, segundo F�lix.