As ações da Petrobras recuperaram parte das perdas da última sexta-feira e deram fôlego extra ao Índice Bovespa, que teve hoje sua quarta alta consecutiva - e a mais consistente delas. Com o noticiário doméstico escasso e o cenário internacional favorável, o índice já abriu em alta e terminou o pregão aos 78.596 pontos, com ganho de 1,76%.
Depois das quedas de quase 15% registradas na última sexta-feira, dia 1, após o pedido de demissão de Pedro Parente da Petrobras, as ações da estatal subiram 5,83% (ON) e 8,48% (PN) ontem. A alta foi atribuída essencialmente a um ajuste após as expressivas quedas recentes, registradas desde o início da greve dos caminhoneiros até a saída de Parente. Isso porque as dúvidas quanto ao futuro da política de preços da petroleira continuam na mesa.
O dia foi de recuperação bastante pulverizada na bolsa, tendo bancos, elétricas e siderúrgicas entre os destaques de alta. Na sexta-feira, aliás, foi o bom desempenho de outras blue chips que garantiu uma alta de 0,63% ao Ibovespa, apesar dos tombos das ações da Petrobras. Entre as ações que compõem o índice, a maior alta de hoje ficou com CSN ON, que disparou 14,93% após ter sua recomendação alterada de "neutra" para "acima da média" pelo Credit Suisse.
Depois da forte volatilidade da última semana, o dólar teve um dia relativamente calmo, influenciado pelo bom humor no mercado externo, que fez a moeda dos Estados Unidos perder valor ante às principais divisas dos países desenvolvidos e dos mercados emergentes. Na mínima do dia, o dólar à vista chegou a cair para R$ 3,7264, no começo da tarde, mas a divisa não conseguiu se sustentar abaixo do patamar de R$ 3,73 e terminou o dia em R$ 3,7409 (-0,53%). No mercado à vista, o volume de negócios somou US$ 1,3 bilhão.