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Porto Alegre, domingo, 03 de junho de 2018.
Dia Mundial do Administrador de Pessoal.

Jornal do Com�rcio

Economia

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Paralisa��o

Not�cia da edi��o impressa de 04/06/2018. Alterada em 03/06 �s 22h27min

Produ��o de diesel � a mais baixa em 15 anos

Refinarias fabricaram 9 bilh�es de litros de �leo no primeiro trimestre

Refinarias fabricaram 9 bilh�es de litros de �leo no primeiro trimestre


/Rovena Rosa/Ag�ncia Brasil/JC
A produ��o nacional de �leo diesel atingiu no primeiro trimestre de 2018 o pior n�vel para o mesmo per�odo desde 2003. A retra��o � resultado de nova estrat�gia de gest�o do refino da Petrobras, que vem sendo criticada por abrir mercado a combust�veis importados.
Com a paralisa��o dos caminhoneiros, representantes da oposi��o e at� aliados do governo passaram a questionar a pol�tica de pre�os dos combust�veis da Petrobras e o crescimento da participa��o de combust�veis importados no mercado brasileiro. Pressionado pelas cr�ticas, Pedro Parente pediu demiss�o da estatal na sexta-feira e ser� substitu�do pelo diretor financeiro da companhia, Ivan Monteiro. Na gest�o Parente, a Petrobras mudou a estrat�gia de gest�o do refino, optando por produzir menos diesel sob a justificativa de que, a partir de determinado volume, pode ser mais vantajoso para a companhia exportar petr�leo e importar o combust�vel.
De acordo com dados da Ag�ncia Nacional do Petr�leo, G�s e Biocombust�veis (ANP), o Pa�s produziu 9 bilh�es de litros de diesel no primeiro trimestre, volume 9,2% inferior ao verificado no mesmo per�odo de 2017 e 25% menor do que o recorde atingido em 2013. A queda se deu em um momento de recupera��o, ainda que pequena, das vendas internas do combust�vel, que cresceram 1,8% no trimestre, para 13,1 bilh�es de litros. Foi o primeiro ano de aumento desde 2014, quando se iniciou a recess�o.
Os dados da ANP mostram que o diesel nacional est� sendo substitu�do por importa��es, apesar da mudan�a de frequ�ncia dos reajustes promovida pela Petrobras em julho de 2017, que permitiu ajustes di�rios para competir com produtos importados.
As importa��es de diesel atingiram 3,6 bilh�es de litros no primeiro trimestre, alta de 5,3% com rela��o ao ano anterior e custaram ao Pa�s US$ 1,8 bilh�o no per�odo. O volume importado � o maior desde 2000, quando a ANP passou a compilar dados sobre o mercado de combust�veis no Pa�s.
Assim, no primeiro trimestre, a participa��o de diesel importado nas vendas do combust�vel no Pa�s chegou a 28%, a maior da s�rie hist�rica e 27% superior � segunda maior, em 2017. O crescimento das importa��es reduz a opera��o das refinarias e � um dos alvos da greve deflagrada pelos petroleiros na �ltima quarta-feira.
"A empresa est� sendo prejudicada", afirma o diretor da Federa��o �nica dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, que j� representou os empregados da Petrobras no conselho de administra��o da estatal. Ao fim do primeiro trimestre, o n�vel de utiliza��o das refinarias da empresa era de 77%.
A Petrobras defende que o recuo na produ��o de diesel � parte de uma estrat�gia de gest�o do refino, que prioriza a rentabilidade das opera��es ao inv�s dos volumes de produ��o. E que, em certos casos, � melhor exportar petr�leo do que refinar no Brasil.
"Existe um ponto �timo de refino que gera o melhor resultado", disse em v�deo gravado esta semana o gerente executivo de Log�stica do Refino e G�s da Petrobras, Claudio Mastella. No v�deo, ele argumentava para os empregados da companhia as vantagens da pol�tica.
Segundo Mastella, a partir desse "ponto �timo", o refino come�a a gerar derivados que valem menos do que o petr�leo ou que n�o t�m mercado perto das refinarias, o que aumenta o custo de transporte. "Nessa hora, comparando com a alternativa, que � exportar o petr�leo, vende exportar o petr�leo", afirmou, dizendo que a decis�o considera as condi��es de demanda e pre�o do petr�leo e dos derivados.

Governo federal discutir� pol�tica de amortecimento de pre�os de combust�veis

O Minist�rio de Minas e Energia (MME) estuda a cria��o de uma pol�tica de amortecimento de pre�os dos combust�veis que chegue ao bolso do consumidor. Hoje, t�cnicos do MME e do Minist�rio da Fazenda, que integram o grupo de trabalho criado para discutir o assunto, t�m reuni�o marcada. Est�o inclu�dos na discuss�o os combust�veis derivados do petr�leo, como a gasolina.
O acordo firmado com os caminhoneiros para o fim do movimento de paralisa��o define a redu��o de R$ 0,46 no pre�o do diesel nas bombas. Agora, a inten��o � incluir na discuss�o tamb�m os demais combust�veis, criando um mecanismo que proteja o consumidor final da volatilidade dos pre�os.
Segundo o MME, o grupo de trabalho vai convidar especialistas no assunto para ajudar a construir uma solu��o que permita, por um lado, a continuidade da pr�tica de pre�os livres ao produtor e importador e, por outro, o amortecimento dos pre�os ao consumidor. A primeira reuni�o do grupo ocorreu na �ltima sexta-feira, com participa��o de t�cnicos da Ag�ncia Nacional do Petr�leo (ANP).
"(Essa pol�tica de prote��o) ter� que preservar a atual pr�tica de pre�os de mercado para o produtor e importador, o que � tido pela atual administra��o como um ponto fundamental para a atra��o de investimentos para o setor. Vai trazer previsibilidade e seguran�a ao consumidor e ao investidor", diz a pasta em nota.
Desde 2016, a Petrobras segue uma pol�tica de varia��o do pre�o dos combust�veis que acompanha a valoriza��o do d�lar e o encarecimento do petr�leo no mercado internacional. Na nota, o MME diz que a pol�tica de liberdade de pre�os da Petrobras, assim como das demais empresas de petr�leo que atuam no Pa�s, "� uma pol�tica de governo". "A Petrobras teve e tem total autonomia para definir sua pr�pria pol�tica de pre�os", destaca o texto.
Com os reajustes, no in�cio de maio, a Petrobras anunciou um crescimento do lucro l�quido de 56,5% no primeiro trimestre deste ano, em rela��o a igual per�odo do ano passado, atingindo R$ 6,96 bilh�es. O crescimento expressivo surge depois de quatro anos seguidos de preju�zos e de um processo de reestrutura��o e de redu��o do endividamento da companhia, que teve in�cio ap�s as den�ncias da Opera��o Lava Jato.
Este foi, segundo a estatal, o melhor resultado trimestral desde o in�cio de 2013, quando a empresa havia lucrado R$ 7,69 bilh�es, e tamb�m terminou o trimestre com resultados positivos em sua m�trica de seguran�a.
As flutua��es, no entanto, impactam o consumidor. No s�bado, a Petrobras aumentou em 2,25% o pre�o da gasolina em suas refinarias. Com isso, o litro do combust�vel ficou R$ 0,04 mais caro, ao passar de R$ 1,9671 para R$ 2,0113, de acordo com a estatal.
Em um m�s, o combust�vel acumula alta de pre�o de 11,29%, ou seja, de R$ 0,20 por litro, j� que, em 1 de maio, o combust�vel era negociado nas refinarias a
R$ 1,8072. O pre�o do diesel, que recuou 30 centavos desde o dia 23 de maio, no �pice da greve dos caminhoneiros, ser� mantido em
R$ 2,0316 por 60 dias.
O Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Econ�micos (Dieese) diz, em nota t�cnica, que a pol�tica de pre�os resultou, entre o final de abril e maio, em 16 reajustes do pre�o da gasolina e do diesel nas refinarias. Para o consumidor final, os pre�os m�dios nas bombas de combust�veis subiram, considerando os impostos federais e estaduais, de R$ 3,40 para
R$ 5,00, no caso do litro de gasolina (crescimento de 47%), e de
R$ 2,89 para R$ 4,00, para o litro do �leo diesel (alta de 38,4%).
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