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Economia

- Publicada em 03 de Junho de 2018 às 21:53

Oferta de combustíveis ainda não foi normalizada

Michelle Brollo optou por não abastecer o seu veículo durante os dias dos protestos dos caminhoneiros

Michelle Brollo optou por não abastecer o seu veículo durante os dias dos protestos dos caminhoneiros


/CLAITON DORNELLES /JC
Carolina Hickmann
Mesmo com o retorno do abastecimento dos postos de combustíveis no Estado, o restabelecimento da oferta normal destes produtos deve demorar mais alguns dias. Apesar de na semana passada o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Rio Grande do Sul (Sulpetro), João Carlos Dal'Aqua, ter afirmado que em uma semana seria possível a regularização total, sua projeção atual é um pouco menos otimista, uma vez que outra questão entrou em cena.
Mesmo com o retorno do abastecimento dos postos de combustíveis no Estado, o restabelecimento da oferta normal destes produtos deve demorar mais alguns dias. Apesar de na semana passada o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Rio Grande do Sul (Sulpetro), João Carlos Dal'Aqua, ter afirmado que em uma semana seria possível a regularização total, sua projeção atual é um pouco menos otimista, uma vez que outra questão entrou em cena.
"Está faltando álcool anidro, que é utilizado na composição da gasolina", comenta Dal'Aqua, ao esclarecer relatos de frentistas de que seguem recebendo carregamentos significativamente abaixo do que está sendo solicitado junto a distribuidora. Esta, porém, não é a única implicação da falta da substância, que é proveniente de regiões produtoras de cana-de-açúcar, como São Paulo, e ainda não chegou ao Estado após o desabastecimento. "Algumas distribuidoras estão optando por baixar a porcentagem do anidro na composição da gasolina, o que faz com que o preço do combustível também aumente, fora o dólar e as questões do mercado internacional", lamenta o presidente. Dal'Aqua não arrisca projeções para estabilização no setor, mas garante que não faltará combustíveis.
Consumidores aproveitam o retorno da oferta, agora sem longas filas, para abastecer. Enchendo o tanque no posto BR da avenida Ipiranga 2.797, Michelle Brollo conta que optou por não abastecer o carro durante a paralisação. Para realizar as suas atividades, ela se valeu de outras possibilidades de locomoção, incluindo aplicativos de transporte individual. Com o término da escassez total dos combustíveis na Capital e o fim das filas, a consumidora buscou o posto. "Agora a vida vai voltar ao normal", comemora, ao encontrar a gasolina comum a R$ 4,69 o litro.
Segundo levantamento do Procon Porto Alegre, realizado na sexta-feira, dos 33 postos da Capital consultados, a gasolina mais barata foi encontrada a R$ 4,62, no Shell da rua Dr. Sarmento Barata, 22; e preço máximo de R$ 4,85, no posto localizado na avenida Antônio da Carvalho, 1.585. A diretora executiva da entidade, Sophia Martini Vial, lembra que é possível realizar denúncias junto ao órgão caso haja suspeitas de abuso de valores. "Com a nota fiscal do produto ou uma foto da tabela de preços do posto pode ser encaminhada ao Procon para que haja a denúncia", explica.
A partir de amanhã, além do habitual levantamento de preços da gasolina comum em Porto Alegre, a entidade também passará a averiguar valores cobrados pelo diesel. "Existe uma força tarefa entre o Gabinete de Crises da prefeitura, a Guarda Municipal e a EPTC que fez com que os postos nos enviassem as suas notas de compra e, assim, poderemos averiguar os preços praticados na bomba", relata, uma vez que o governo anunciou, na semana passada, medidas para a queda no preço do óleo diesel.
No posto em que Michelle abastecia, o carregamento que chegou na sexta-feira baixou o valor do diesel de R$ 3,33 para R$ 3,89. Segundo Jeloir Rodrigues, funcionário do local, a situação por lá foi normalizada.
Por outro lado, no posto Shell da avenida Ipiranga, 3.333 encontrava-se outro cenário. Segundo o gerente do estabelecimento, Rogério de Moura, na manhã de domingo chegou carregamento de outros combustíveis que não diesel, apesar do pedido ter especificado a necessidade do óleo. Isso manteve o preço a R$ 3,59, e deixou o local com pouco menos de 2 mil litros do combustível - o suficiente para apenas mais dois dias de demanda normal. Sua preocupação recai sob uma nova paralisação, uma vez que cerca de 50 mil litros de combustíveis deixaram de ser comercializados na semana passada.
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