A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira, a Operação Registro Espúrio, que investiga um esquema de corrupção na liberação de registros sindicais no Ministério do Trabalho. Entre os alvos das diligências estão o presidente do PTB, o ex-deputado Roberto Jefferson; o deputado Jovair Arantes, líder do partido na Câmara; e os deputados Paulinho da Força (SD-SP) e Wilson Filho (PTB-PB).
A PF fez buscas em dezenas de endereços - entre eles, as sedes do PTB e do SD - e chegou a pedir a prisão de Jefferson, mas, diante do parecer contrário da Procuradoria-Geral da República, o ministro Edson Fachin, relator do caso do Supremo Tribunal Federal, rejeitou o pedido. Fachin, porém, decretou medidas cautelares contra os parlamentares, que foram proibidos de frequentar o ministério, de se relacionar com sindicatos e de ter contato com outros investigados. Segundo a PF, servidores do alto escalão do ministério agilizavam a tramitação de processos de registro de sindicatos dispostos a pagar pelos serviços.
Em nota, Jefferson afirma que a direção nacional do PTB "jamais participou de quaisquer negociações espúrias no Ministério do Trabalho". Paulinho da Força negou as acusações, e Jovair Arantes não foi localizado. O Ministério do Trabalho informou que está acompanhando atentamente as ações da PF.