Diante da crise de desabastecimento em todo o País, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), enviou mensagem aos deputados neste domingo, cobrando que os parlamentares estejam em Brasília no dia de hoje.
É raro haver votações às segundas-feiras, mas, por causa do feriado de Corpus Christi, Maia já havia anunciado que tentaria realizar uma sessão no início desta semana. "É indispensável que todas e todos, sem exceção, empenhem-se para estar em Brasília a partir de amanhã (segunda-feira). Contamos com seu apoio para garantir plenas condições de deliberação durante os próximos dias", afirma o presidente da Câmara, em nota.
A aliados, o presidente Michel Temer (MDB) tem se queixado da postura de Maia durante a crise. Em busca de protagonismo, Maia juntou-se ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), e, juntos, eles anunciaram, na segunda-feira passada, uma comissão para discutir a escalada de preços dos combustíveis.
Ao longo da semana, Maia fez críticas e cobranças ao Palácio do Planalto e incluiu no projeto de reoneração da folha de pagamento de alguns setores um artigo que zera as alíquotas de PIS/Cofins do diesel até o final do ano.
Baseado em um cálculo irreal de frustração de receitas, Maia fez a Câmara aprovar o texto, que agora está no Senado. Depois de admitir o erro, Rodrigo Maia passou a cobrar que o governo zerasse as alíquotas de PIS/Cofins do diesel por conta própria. Até o momento, o governo se comprometeu apenas com a isenção da Cide e com a redução temporária do preço do diesel.