Pressionado pelos correligion�rios do MDB a desistir da reelei��o e assumir publicamente a pr�-candidatura � presid�ncia de Henrique Meirelles, o presidente Michel Temer seguiu o desejo do partido e lan�ou, na manh� desta ter�a-feira, o nome do ex-ministro da Fazenda.

Discursando para uma plateia de emedebistas no lan�amento do documento "Encontro com o futuro", realizado na Funda��o Ulysses Guimar�es, Temer se referiu a Meirelles como "o melhor entre os melhores" para representar o partido e o campo de centro nas elei��es presidenciais de outubro. Ao declarar apoio ao ex-ministro da Fazenda, Temer abandona suas pretens�es eleitorais e, por consequ�ncia, sua carreira nas urnas.

"Ficarei orgulhos�ssimo se um dia Meirelles for proclamado, pelo voto popular, presidente do Brasil. O Meirelles � o melhor entre os melhores. Por isso, tem condi��es de estar � frente do nosso partido e � frente da nossa campanha eleitoral. Chamamos voc� e chamamos para ser presidente do Brasil!", discursou Temer.

Al�m de referendar o nome do ex-ministro, o presidente mandou um recado direto aos partidos de centro, ao defender que Meirelles seja o "�nico candidato" desse conjunto de partidos.

Meirelles disse que o presidente Temer ser� um "bom cabo eleitoral", ao responder a uma pergunta sobre o �ndice de rejei��o do presidente da Rep�blica e das den�ncias apresentadas contra ele pelo Minist�rio P�blico.

Ao lado do presidente do MDB, senador Romero Juc�, ele disse que Temer n�o desistiu de ser candidato, apenas tomou uma "decis�o" em favor de seu nome.

"O presidente certamente ser� um cabo eleitoral positivo, porque ele est� realizando, e os dados falam por si s�. Meu hist�rico � um hist�rico de uma reputa��o inquestion�vel. Isso vai prevalecer", disse Meirelles.

Otimista, ele afirmou que sua meta n�o � fixar um aumento imediato nas pesquisas de inten��o de voto, e sim vencer a elei��o. E que, se n�o conseguir obter, ainda no primeiro turno, o apoio do chamado centr�o, que hoje est� unido em torno da pr�-candidatura do presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o far� no segundo turno.

Perguntado sobre quem bancar� sua campanha, j� que, nos bastidores, emedebistas nutrem a expectativa de que ele se autofinancie, coube ao presidente da sigla responder.

Juc� disse que isso ainda est� sendo discutido, e tamb�m fez outro aceno aos correligion�rios, dizendo que, nos estados, os palanques estar�o "liberados" para que os candidatos fa�am as alian�as que desejarem no plano local.