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Política

- Publicada em 17 de Maio de 2018 às 22:22

Juíza determina a prisão do ex-ministro José Dirceu

A juíza Gabriela Hardt, substituta do juiz Sérgio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba, expediu, nesta quinta-feira à noite, mandado de prisão para o ex-ministro José Dirceu (PT), condenado a 30 anos, 9 meses e 10 dias de prisão na Operação Lava Jato.
A juíza Gabriela Hardt, substituta do juiz Sérgio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba, expediu, nesta quinta-feira à noite, mandado de prisão para o ex-ministro José Dirceu (PT), condenado a 30 anos, 9 meses e 10 dias de prisão na Operação Lava Jato.
Mais cedo, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) havia negado um último recurso, abrindo caminho para a prisão do petista. O mandado foi expedido pela magistrada porque Moro está fora do País.
A juíza determinou que o ex-ministro se apresente à carceragem da Polícia Federal em Brasília até as 17h desta sexta-feira. Na sequência, ele deverá ser transferido para o Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (PR), onde há uma ala reservada aos presos da Lava Jato. "Sem prejuízo de eventual recambiamento ao Complexo Penitenciário da Papuda, no futuro, se for o caso", escreveu a juíza.
A amigos próximos, Dirceu disse que seu objetivo é cumprir a sentença em Brasília, onde poderia ficar mais próximo da esposa e da filha caçula. Ele pretende apresentar pedido neste sentido já no ato da sua prisão. Ainda segundo esses amigos, o petista tinha consciência de que o recurso seria recusado e que estava se preparando para voltar à prisão.
Nos últimos meses, Dirceu se transformou em uma espécie de consultor para candidatos petistas, principalmente os mais jovens, como a vereadora Marília Arraes, pré-candidata do PT ao governo de Pernambuco, que esteve em Brasília para se aconselhar.
Dirceu foi condenado por Moro, em primeira instância, a 20 anos e 10 meses por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. Segundo a acusação, ele recebeu ao menos R$ 12 milhões em propinas da Engevix por meio de contratos superfaturados com a estatal.
Posteriormente, o TRF-4 aumentou a pena para 30 anos, 9 meses e 10 dias. Ele chegou a ser preso em agosto de 2015, em regime preventivo, por ordem de Moro. Em maio do ano passado, o STF o colocou em liberdade.
O TRF-4 negou, por unanimidade, o último recurso do ex-ministro e publicou, no início da noite desta quinta, o extrato da ata do julgamento. A Corte rejeitou também os embargos de declaração do ex-dirigente da Engevix Gerson Almada e do empresário Fernando Moura.
O advogado Roberto Podval, que defende o petista, chegou a afirmar que a decisão da Corte representava "só mais uma etapa, o processo não acabou". Ele não foi localizado depois do mandado de prisão. As defesas de Almada e Moura não foram localizadas.
 
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