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Política

- Publicada em 02 de Maio de 2018 às 16:58

Novo anuncia que Bernardinho não será candidato ao governo do RJ

Ex-técnico da seleção brasileira de vôlei terá papel de 'embaixador' da legenda na disputa eleitoral

Ex-técnico da seleção brasileira de vôlei terá papel de 'embaixador' da legenda na disputa eleitoral


MARCELO G. RIBEIRO/JC
O Partido Novo anunciou nesta quarta-feira (2) que o ex-técnico da seleção brasileira de vôlei Bernardinho não será candidato ao governo do Rio nas eleições deste ano. Após muitos meses de expectativas, ele terá papel de embaixador da legenda na disputa eleitoral.
O Partido Novo anunciou nesta quarta-feira (2) que o ex-técnico da seleção brasileira de vôlei Bernardinho não será candidato ao governo do Rio nas eleições deste ano. Após muitos meses de expectativas, ele terá papel de embaixador da legenda na disputa eleitoral.
"Bernardo Rezende decidiu não lançar seu nome como candidato nestas eleições. Todos nós tínhamos a expectativa de contar com seu nome como candidato, mas ao mesmo tempo sabíamos que esta era uma decisão pessoal e que não havia como interferir diretamente", diz a nota divulgada pelo partido nas redes sociais.
Pelos novos planos, o partido pretende usar o prestígio do premiado jogador e técnico de vôlei para atrair eleitores e impulsionar candidaturas para a Câmara e o Senado. 
Ficou definido que ele atuará como "embaixador do Novo". A estreia na nova função será no encontro estadual da legenda no dia 12.
O planejamento prevê ainda que Bernardinho percorrerá 19 estados onde a legenda pretende lançar mais de 400 candidatos, difunfindo os princípios e valores do partido, participando de eventos, dando palestras, inspirando os pré-candidatos.
"A grande mudança que o Brasil precisa passa pela renovação do Congresso. É lá que começaremos a mudar as leis que impedem o Brasil e seus estados a avançarem e é lá que promoveremos a reforma do Estado brasileiro. Ninguém melhor que Bernardinho para ser o grande técnico desse time de mais de 400 candidatos", conclui a nota do partido.
O anúncio desta quarta encerra um longo período de expectativas de forma frustrante para o Partido Novo e deixou um rastro de desconfiança entre os dirigentes e o ex-técnico da seleção.
Em outubro do ano passado, Bernardinho disse pela primeira vez que poderia se candidatar ao governo estadual. Nesse período, em pelo menos quatro oportunidades, segundo uma fonte da legenda, ele prometeu dar uma resposta definitiva sobre a candidatura. Mas, quando chegava na data marcada, o ex-técnico da seleção não atendia os telefones e mensagens dos dirigentes.
A esse interlocutor, o pré-candidato do Novo à Presidência, João Amoêdo, chegou a dizer que não acreditava em mais nada do que Bernardinho dizia sobre a candidatura.
O Novo contava com a estrela do ex-técnico da seleção para puxar votos para a Câmara dos Deputados no Rio. No cenário com a candidatura dele ao governo, a legenda tinha uma meta ambiciosa de eleger até 35 deputados federais no país.
A demora para a definição de Bernardinho estressou o partido nos últimos meses e deve mudar a estratégia da legenda a pouco mais de cinco meses da eleição.
O ex-técnico da seleção também teve uma saída conturbada do PSDB, onde se filiou a convite do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Bernardinho deixou os tucanos sem avisá-los e ingressou no Novo no início de 2016. O PSDB só percebeu sua desfiliação após fazer uma revisão em seus cadastros.
O presidente do Novo, Moises Jardim, confirmou que a demora para uma definição foi "angustiante" para o partido. Mas descartou que isso tenha gerado qualquer atrito entre as partes. "É óbvio que quanto mais rápido fiquem definidos os nomes, mais fácil de fazer o planejamento da campanha e isso angustia a todos", argumentou.
Bernardinho comunicou a dirigentes da legenda na segunda-feira, véspera do feriado de 1º Maio, que não concorreria ao governo. Sem ele, Jardim disse que a tendência é que o Novo não tenha candidato no Rio. 
Segundo o presidente da legenda, porém, a meta de eleger 35 deputados federais neste ano ainda está mantida, mas ele reconhece que vai ser mais difícil atingi-la sem o ex-técnico.
A desistência definitiva das pretensões de Bernardinho é mais um movimento que amplia a incerteza do cenário eleitoral no Rio. Até agora, o ex-senador Romário (Podemos), o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (DEM), o ex-governador Anthony Garotinho (PRP) e o ex-deputado Índio da Costa (PSD) já anunciaram que têm intenção de concorrer ao governo. Paes, porém, esta inelegível por decisões da Justiça Eleitoral.
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