Em um só dia, o ministro Edson Fachin, relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedidos de cinco investigados. Na segunda-feira, ele indeferiu habeas corpus do ex-presidente da Câmara Henrique Alves (PMDB-RN) e do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, que estão presos, e do doleiro Enivaldo Quadrado, que tenta evitar a prisão iminente.
Negou ainda pedido do também ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que queria paralisar um processo que está sob os cuidados do juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância. Por fim, rejeitou pedido para parar um inquérito no STF para investigar o senador Humberto Costa (PT-PE).
Alves está preso desde junho do ano passado. Ele responde a processos por irregularidades na Caixa Econômica Federal e na construção da Arena das Dunas, estádio em Natal usado na Copa do Mundo de 2014, mas nega irregularidades.
No caso de Vaccari, preso de desde abril de 2015, e já condenado por Moro e pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Fachin também negou uma liminar e ainda não analisou em definitivo o pedido. Quadrado, que se envolveu nos escândalos do mensalão e da Lava Jato, pediu um habeas corpus preventivo no começo de março. De acordo com ele, o TRF-4, que integra a segunda instância da Justiça, já o condenou e falta pouco para julgar um recurso apresentado pela defesa.
A defesa de Eduardo Cunha foi ao STF em 1 de março, contra decisão tomada pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) que mandou um processo dele para o juiz Sérgio Moro. Cunha está preso desde outubro de 2016 em razão de uma decisão de Moro. Humberto Costa é alvo de um dos primeiros inquéritos abertos no STF no âmbito da Lava Jato, em março de 2015. A suspeita é que tenha se beneficiado, na campanha de 2010, de dinheiro desviado da Petrobras.