Comentar

Seu coment�rio est� sujeito a modera��o. N�o ser�o aceitos coment�rios com ofensas pessoais, bem como usar o espa�o para divulgar produtos, sites e servi�os. Para sua seguran�a ser�o bloqueados coment�rios com n�meros de telefone e e-mail.

500 caracteres restantes
Corrigir

Se voc� encontrou algum erro nesta not�cia, por favor preencha o formul�rio abaixo e clique em enviar. Este formul�rio destina-se somente � comunica��o de erros.

Porto Alegre, domingo, 27 de maio de 2018.
Dia Mundial dos Meios de Comunica��o.

Jornal do Com�rcio

Opini�o

COMENTAR | CORRIGIR

editorial

Not�cia da edi��o impressa de 28/05/2018. Alterada em 27/05 �s 19h40min

Brasil espera solu��o para greve dos caminhoneiros

De um movimento considerado similar a outros anteriores em um Brasil há anos envolto em problemas sociais, financeiros e econômicos, julgava-se que a paralisação dos caminhoneiros não passaria de alguns dias. No entanto, sem o atendimento das suas reivindicações, eles pararam o País.
Os grevistas tiveram adesões inesperadas de entidades sindicais patronais as mais diversas, no comércio, na indústria e na agropecuária, além do apoio de parte da população, irritada com os altos preços dos combustíveis. Mas a tentativa de infiltração de siglas partidárias no movimento foi rechaçada. É um protesto direcionado, sem qualquer viés político, afirmaram as lideranças.
A insatisfação dos caminhoneiros por conta do custo do diesel alastrou-se, e a adesão bloqueou o transporte de centenas de produtos os mais diversos, abrangendo todas as formas de operações, incluindo combustíveis. Os coletivos tiveram escalonamento nos seus horários em diversas cidades, a fim de que a falta do óleo diesel não impedisse frotas inteiras de saírem das garagens. Escolas e universidades suspenderam as aulas, prefeituras cancelaram expedientes e serviços básicos.
A adesão - muito além do esperado - fez com que os próprios grevistas se preocupassem com a situação de órgãos públicos, hospitais, escolas, empresas, fábricas e o comércio em geral. Postos de combustíveis em Porto Alegre fecharam, no final da última quinta-feira, sem diesel, gasolina e álcool.
Assim, parte da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) e da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) resolveram aceitar o pedido de trégua de 15 dias feito pelo governo federal. Mas outros continuaram bloqueios de rodovias em busca do pleno atendimento de todas as suas reivindicações.
A lição que fica é que o Brasil tem que mudar. Para o povo, o sacrifício do desemprego que atinge milhões de pessoas e atormenta suas famílias tem sido um fardo emocional e financeiro que, tudo indica, não perturba - pelo menos, não como deveria, dada a gravidade da situação - os altos escalões da República. Por isso, a opinião pública exige sacrifícios nos Parlamentos, do Congresso às Câmaras Municipais, sem esquecer das Assembleias e do Judiciário, Poderes que, no imaginário popular, sentem-se acima das mazelas cotidianas que atormentam os brasileiros que estão no, agora, chamado de andar de baixo.
Está mais do que claro que o momento é de ajustes, de manter o que já é recebido e não reivindicar novos reajustes de vencimentos, avanços e gratificações retroativas, além de auxílios disso e daquilo, com Tesouros falidos. Por mais justos que possam ser os pedidos, repete-se, não é a hora.
O sacrifício tem que ser geral, pois o País, o Rio Grande do Sul e Porto Alegre, citando os entes públicos mais próximos de nós, estão em crise - séria, profunda e que não será resolvida em poucos meses, mesmo com duras medidas de contenção. É que elas só darão resultado para adiante, talvez somente em 2019. Até lá, continuará a penúria financeira. Na greve, mesmo com a baixa do preço do litro do diesel, a insatisfação dos caminhoneiros continuou.
As lideranças grevistas têm razão em reclamar do preço do óleo diesel, insumo básico na sua faina diária. O que todos pedem é que seja encontrado um denominador comum visando acabar com a greve, em prol dos superiores interesses da sociedade. Que governo e grevistas busquem acordo factível, pelo menos no curto prazo. O movimento grevista dos caminhoneiros mostrou um grave problema. Agora, como resolvê-lo é o que mais interessa a todos.
COMENTAR | CORRIGIR
Coment�rios
Seja o primeiro a comentar esta not�cia