Ao menos três pessoas foram mortas por um atirador nesta terça-feira no Centro de Liège, no leste da Bélgica. O ataque ocorreu nas imediações de uma escola, causando pânico.
O porta-voz dos promotores de Liège, Phillippe Dulieu, disse que o homem se aproximou das policiais por trás e as esfaqueou. Depois, pegou suas armas e disparou. Ele também matou um homem de 22 anos que estava dentro de um veículo, saindo do estacionamento de uma escola secundária nas proximidades. Em seguida, fez uma mulher como refém dentro da escola.
Imagens da região no momento do ataque mostram pedestres buscando proteção nas ruas e sons de sirenes e tiros. Essa mesma cidade foi alvo de um tiroteio em 2011, quando quatro pessoas foram mortas por um atirador e mais de 100 ficaram feridas.
O procurador que cuida de casos de terrorismo assumiu as investigações do ocorrido. Segundo autoridades, o autor do ataque, um homem belga de 36 anos, foi morto pela polícia. Ele havia sido temporariamente libertado da prisão nos arredores de Liège, após uma condenação por roubo e tráfico de drogas, e era classificado como alguém "instável" pelas autoridades do país.
Segundo a imprensa local, testemunhas ouviram gritos de "Allah akbar" ("Deus é maior", em árabe) - algo frequentemente associado a ataques terroristas, apesar de ser uma frase comum entre populações muçulmanas. A intenção da polícia, agora, é determinar se ele foi radicalizado durante o período que passou na prisão.
As autoridades também investigam a possibilidade de que o tiroteio tenha sido um atentado, apesar de não haver confirmação oficial. O ministro do Interior, Jan Jambon, escreveu, em uma rede social, que a situação está sendo monitorada pelo centro de combate ao terrorismo, o que reforça a suspeita.
O funcionário do centro de crise federal da Bélgica Yves Stevens disse que a segurança na cidade está agora sob controle e que não há motivo para elevar o nível nacional de ameaça terrorista - atualmente, 2 em uma escala que vai até 4. "Não há absolutamente nenhuma confirmação de que o incidente esteja relacionado ao terror", disse Stevens.
O país está em alerta desde os ataques que mataram 130 pessoas em Paris em 2015 - os atiradores tinham vínculos com a Bélgica - e os atentados que deixaram 32 mortos em Bruxelas, em 2016.