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Porto Alegre, quarta-feira, 23 de maio de 2018.

Jornal do Com�rcio

Internacional

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Venezuela

Not�cia da edi��o impressa de 24/05/2018. Alterada em 23/05 �s 20h41min

Funcion�rios p�blicos foram pressionados a votar

Maduro expulsou diplomata dos EUA em retalia��o �s novas san��es

Maduro expulsou diplomata dos EUA em retalia��o �s novas san��es


/FEDERICO PARRA/AFP/JC
Associações de trabalhadores ligadas à oposição venezuelana denunciaram, ontem, ameaças de punição do governo a funcionários públicos que não participaram da votação que levou Nicolás Maduro à reeleição. O novo mandato do presidente não é reconhecido pela maior parte da comunidade internacional. Líderes opositores impedidos pela Justiça de concorrer chamaram a população a não participar. Maduro obteve 68% dos votos, e a abstenção ficou em 52%.
Segundo Marlene Sifontes, da Frente Autônoma de Defesa do Emprego, Salário e Sindicato, o governo pretende cruzar os dados sobre participação para promover demissões, transferências, aposentadorias forçadas e suspensão de gratificações e de promoções. O governo pretendia alcançar uma participação maior, razão pela qual governadores chavistas convocaram, em áudios vazados, os militares a usarem "toda a máquina" do Estado para levar eleitores às urnas.
São frequentes na Venezuela relatos de pressão para que o funcionalismo, estimado em 2,3 milhões de pessoas, vote a favor do governo. Foi o que ocorreu na semana passada. Uma funcionária pública de 71 anos, que ganha o equivalente a US$ 3 por mês, criticava o governo em um restaurante português do Centro de Caracas. Questionada se votaria contra Maduro, disse que não o faria por temor a retaliações. "Estou perto de me aposentar e tenho medo de não conseguir minha pensão se votar contra Maduro."
Outro funcionário público, na área de pesca, disse que as recomendações para que os empregados votassem eram claras. "Ofereceram até transporte para nos levar, mas não fui votar", afirmou.De acordo com uma fonte da área sindical, pelo menos 880 mil trabalhadores deixaram o setor público desde o ano passado.
Na terça-feira, na sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão que regula a eleição, Maduro recebeu das mãos da diretora Tibisay Lucena um certificado de que venceu a disputa eleitoral de domingo. Com o documento em mãos, o chavista fez um discurso inflamado em que anunciou a expulsão do diplomata norte-americano mais graduado na Venezuela em retaliação à nova leva de sanções dos EUA.
Acusando o encarregado de negócios Todd Robinson de estar envolvido em uma "conspiração militar", Maduro deu 48 horas para que ele e Brian Naranjo, outro diplomata, saiam da Venezuela. "Nem com conspirações, nem com sanções vocês segurarão a Venezuela", avisou.
 

L�deres do G-7 defendem convoca��o de novas elei��es

Os presidentes e primeiros-ministros das maiores economias do mundo est�o pressionando a Venezuela e pedem que Nicol�s Maduro convoque novas elei��es. Em um comunicado emitido ontem, os l�deres do G-7 ainda acusaram o governo de Caracas de "autoritarismo", depois da vota��o realizada no fim de semana, que resultou em mais um mandato para o regime chavista.
Assinada por Canad�, Jap�o, Reino Unido, EUA, Fran�a, Alemanha e It�lia, e com o apoio de outros membros da Uni�o Europeia (UE), um comunicado do bloco confirmou uma "rejei��o ao processo eleitoral". "Ao se recusar a aceitar padr�es internacionais e ao n�o estabelecer garantias b�sicas para um processo democr�tico, inclusivo e justo, essa elei��o e seu resultado n�o t�m legitimidade ou credibilidade", declararam os governos.
"Pedimos ao regime de Maduro que restabele�a a democracia constitucional na Venezuela e organize elei��es livres e justas que possam de fato refletir a vontade democr�tica do povo, que libere presos pol�ticos, restaure a autoridade da Assembleia Nacional e garanta acesso a atores humanit�rios", declararam os l�deres do G-7. O bloco se diz "comprometido" em apoiar uma solu��o "negociada, pac�fica e democr�tica" para a crise no pa�s sul-americano.

Solicita��es de resid�ncia no Brasil chegam a 10 mil em 50 dias

Desde 1 de abril, 10.079 venezuelanos deram entrada em sua regulariza��o no Brasil, o equivalente a 20% dos pedidos nos �ltimos tr�s anos. Segundo a Pol�cia Federal, o n�mero representa um quinto das cerca de 50 mil pessoas que entraram no Pa�s desde 2016 por Roraima, que est� em emerg�ncia social e recebe ajuda federal para lidar com o fluxo migrat�rio.
Desde 2015, segundo o departamento, 38.567 venezuelanos solicitaram a legaliza��o no Brasil, dos quais 29.202 na modalidade de ref�gio. O crescimento � registrado ap�s o governo federal ter flexibilizado as regras de documenta��o para os venezuelanos que pedem a resid�ncia tempor�ria no Pa�s, assim como as normas para a resid�ncia permanente.
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