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Porto Alegre, segunda-feira, 14 de maio de 2018.

Jornal do Com�rcio

Internacional

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oriente m�dio

Not�cia da edi��o impressa de 15/05/2018. Alterada em 14/05 �s 20h45min

Mortes em Gaza marcam abertura de embaixada

Pelo menos 55 palestinos morreram ap�s ataques do Ex�rcito de Israel

Pelo menos 55 palestinos morreram ap�s ataques do Ex�rcito de Israel


/MAHMUD HAMS/AFP/JC
Os Estados Unidos inauguraram ontem sua embaixada em Jerusalém, em meio a uma série de protestos na Faixa de Gaza que deixaram ao menos 55 palestinos mortos. A decisão de mudar a embaixada de Tel-Aviv foi anunciada em dezembro pelo presidente Donald Trump, que assim cumpriu uma de suas promessas de campanha, mas enfrentou resistência de palestinos e da comunidade internacional. A maioria dos países, incluindo os europeus, mantém suas embaixadas em Tel-Aviv e não reconhece Jerusalém como capital de Israel, já que ela também é reivindicada pelos palestinos.
O que se viu ontem na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel foi um campo de guerra, quando dezenas de palestinos que participavam do protesto foram mortos pelas tropas do Exército israelense. Segundo as autoridades palestinas, o número de feridos passa de 2 mil, sendo 770 a bala, 86 em estado grave. Entre os mortos, pelo menos seis têm menos de 18 anos. Não há informações sobre vítimas israelenses.
Mesquitas usaram alto-falantes para convocar os palestinos a se juntarem ao ato. Ele começou de forma pacífica, com os manifestantes se reunindo próximos da fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel, mas logo descambou em violência quando grupos menores tentaram furar a cerca que delimita a divisa. As tropas israelenses responderam abrindo fogo contra os manifestantes, que começaram então a queimar pneus e a jogar pedras nos soldados.
Segundo o governo israelense, todas as medidas para impedir que o ato atrapalhasse as festividades pela mudança da embaixada foram tomadas. Em vídeo pré-gravado, Trump, afirmou que seu país está "totalmente comprometido" em facilitar um "acordo de paz duradouro" na região. Filha do presidente dos EUA, Ivanka Trump participou a cerimônia junto com seu marido, Jared Kushner, assessor da Casa Branca para o Oriente Médio. 
O número de mortos em confrontos entre Israel e palestinos foi o mais alto em um mesmo dia desde 2014. Desde a mais recente onda de protestos, iniciada há sete semanas, no dia 30 de março, já são 97 mortos e mais de mil feridos. Chamados de "a grande marcha de retorno", os atos têm como principal alvo o aniversário de 70 anos da fundação de Israel, celebrada ontem de acordo com o calendário gregoriano (em abril no calendário judaico), paralelamente à transferência da embaixada dos EUA para a cidade.
Os palestinos planejam o maior de seus protestos para hoje, quando relembram a Nakba (tragédia), como chamam a criação de Israel, quando cerca de 700 mil deles fugiram ou foram expulsos da região. Outro alvo dos protestos é o bloqueio feito por Israel e Egito contra a Faixa de Gaza, imposto em uma tentativa de minar o poder do Hamas, grupo islâmico considerado terrorista por Tel-Aviv e Washington e que controla a região desde 2007. Na prática, porém, a facção conseguiu manter o controle sobre Gaza, embora o bloqueio tenha piorado a condição de vida dos cerca de 2 milhões de moradores.
O premiê palestino, Rami Hamdallah, criticou a decisão de fazer a mudança de embaixada na véspera da Nakba. "Escolher um dia trágico na história palestina mostra uma grande insensibilidade e desrespeito pelos princípios centrais do processo de paz", disse Hamdallah.
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