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Porto Alegre, quarta-feira, 09 de maio de 2018.

Jornal do Com�rcio

Internacional

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rela��es exteriores

Not�cia da edi��o impressa de 10/05/2018. Alterada em 09/05 �s 19h51min

Europeus cobram novo acordo nuclear dos EUA

Em Teer�, houve protestos em frente � embaixada norte-americana

Em Teer�, houve protestos em frente � embaixada norte-americana


/ATTA KENARE/AFP/JC
No dia seguinte ao anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que deixaria o acordo nuclear com o Irã, os principais líderes europeus - Alemanha, França, Reino Unido e Bélgica - defenderam os termos do documento, com a chanceler alemã, Angela Merkel, abrindo a possibilidade de renegociar o atual pacto.
"Vamos respeitar o acordo e faremos todo o possível para que o Irã se atenha a suas obrigações", afirmou a alemã, pouco depois de o aiatolá Ali Khamenei afirmar, em discurso, que os europeus tinham que dar garantias de que o pacto continuaria válido. Merkel, porém, fez um aceno a Trump e afirmou que, embora o atual tratado deva ser respeitado, é possível fazer um acordo maior que o supere. O presidente norte-americano defende a negociação de um novo pacto, que inclua pontos que ficaram de fora do primeiro, como o programa de mísseis balísticos iraniano.
O secretário de Relações Exteriores britânico, Boris Johnson, também indicou que apoiaria a ideia de um acordo ampliado, mas disse que cabe aos EUA resolver a questão. "Agora que a gestão Trump deixou o acordo, a responsabilidade de explicar como vão construir e negociar uma solução para nossos problemas é deles", afirmou. "O presidente Trump disse, na noite de terça-feira, que está comprometido a achar uma nova solução, e nós vamos cobrá-lo para que mantenha a palavra", ressaltou Johnson.
A França também defendeu a manutenção do acordo. Ontem, o presidente Emmanuel Macron conversou por telefone com seu colega iraniano, Hasan Rouhani. Ambos acertaram que os ministros das Relações Exteriores dos dois países devem se reunir o mais rápido possível para discutir o acordo nuclear fechado em 2015, bem como a estabilidade no Oriente Médio.
O líder francês pressionou Rouhani a continuar a implementar o acordo, enquanto também deveria avaliar a proposta de Paris por uma nova negociação internacional que trate dos mísseis balísticos e do futuro em longo prazo do programa nuclear.
"A região merece mais do que uma nova desestabilização provocada pela retirada dos EUA. Por isso, queremos fazer com que o Irã se comporte com moderação", disse o ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Yves Le Drian.
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, argumentou que a decisão mostra que Washington não quer mais cooperar com o resto do mundo. "Neste momento, precisamos substituir os EUA, que perderam sua força como ator internacional e, por isso, sua influência no longo prazo."
Já a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), responsável por fiscalizar o Irã nos termos do acordo, disse que Teerã vem cumprindo o prometido. "O Irã está sujeito ao regime de verificação nuclear mais robusto do mundo", afirmou seu diretor, Yukiya Amano.
Nas ruas de Teerã, a segurança foi reforçada, principalmente depois que centenas de manifestantes se reuniram em frente à embaixada norte-americana para protestar tanto contra os EUA quanto contra Israel, o maior incentivador do rompimento do acordo.
Ontem, Trump também voltou a se manifestar. "Vamos impor as maiores sanções que já tivemos contra um país. Veremos o que acontece. Não podemos permitir que um acordo prejudique o mundo. O acordo era unilateral e ia levar à proliferação nuclear no Oriente Médio", disse, acrescentando que "aconselharia o Irã a não recomeçar seu programa nuclear".
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