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Internacional

- Publicada em 05 de Maio de 2018 às 14:02

Protesto contra posse de Putin termina com mais de mil presos na Rússia

Autoridades estavam preocupadas com a potencialidade das manifestações

Autoridades estavam preocupadas com a potencialidade das manifestações


Olga MALTSEVA/AFP/JC
Buscando reavivar o oposicionismo em baixa na Rússia desde a reeleição consagradora de Vladimir Putin em março, o ativista Alexei Navalni conseguiu chamar a atenção novamente neste sábado (5): foi preso, assim como pouco mais de mil manifestantes que atenderam a seu chamado para protestar contra a posse do presidente, marcada para segunda (9). Resta agora saber se o evento ficará isolado ou, como em 2012, vai gerar uma onda de insatisfação contra o líder russo.
Buscando reavivar o oposicionismo em baixa na Rússia desde a reeleição consagradora de Vladimir Putin em março, o ativista Alexei Navalni conseguiu chamar a atenção novamente neste sábado (5): foi preso, assim como pouco mais de mil manifestantes que atenderam a seu chamado para protestar contra a posse do presidente, marcada para segunda (9). Resta agora saber se o evento ficará isolado ou, como em 2012, vai gerar uma onda de insatisfação contra o líder russo.
Segundo a ONG OVD Info, que monitora abusos contra direitos humanos na Rússia, 574 dos 1.029 detidos em 19 cidades russas eram de Moscou, inclusive Navalni. Como ele não tinha autorização para fazer o comício na praça Pushkinskaia, foi detido antes de começar a falar.
A forte presença policial sugere que as autoridades estavam preocupadas com a potencialidade das manifestações, pouco mais de um mês antes da abertura da Copa do Mundo de futebol na Rússia. O país, que está em grave crise diplomática com o Ocidente desde o episódio em que foi acusado de envenenar um ex-espião russo na Inglaterra, estará no centro das atenções do mundo por um mês.
As autoridades municipais haviam ofertado três outros pontos para que ele promovesse seu ato, só que Navalny não aceitou por serem menos evidentes que a praça, um popular e visível ponto de encontro. A tática de enfrentamento visava, como das outras vezes em que liderou protestos, garantir o máximo de exposição midiática à sua inevitável prisão -ele deve ficar detido por até um mês, e depois será solto, como nos grandes atos que comandou em 2017.
O que não parece ter dado certo para Navalni, que é advogado e blogueiro, foi o escopo de seu ato. Ele queria repetir os dois superprotestos de 2017, quando dezenas de milhares de pessoas foram às ruas em várias cidades russas. Agora, a concentração maior foi mesmo em Moscou. Houve detenções em lugares distantes, como Krasnoiarsk (Sibéria), mas não eventos em centenas de cidades ao mesmo tempo --a meta era mobilizar 90 municípios. O ato com o mote "Ele não é nosso czar" visava criticar a posse de Putin, que ganhou um quarto mandato no Kremlin com 76,7% dos votos em 18 de março.
Folhapress
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