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- Publicada em 28 de Maio de 2018 às 17:51

Sindicato de metalúrgicos cobra explicações sobre demissões na Embraer

Agência Estado
Quase seis meses depois de a Embraer ter anunciado ao mercado as negociações com a Boeing, o Sindicato de metalúrgicos de São José dos Campos e região segue preocupado com a estrutura do possível acordo entre as empresas - que, na visão da entidade, poderia levar a um corte massivo de empregos no País.
Quase seis meses depois de a Embraer ter anunciado ao mercado as negociações com a Boeing, o Sindicato de metalúrgicos de São José dos Campos e região segue preocupado com a estrutura do possível acordo entre as empresas - que, na visão da entidade, poderia levar a um corte massivo de empregos no País.
De acordo com o sindicato, essas conversas já se materializaram em demissões. "Por causa da entrada em vigor da reforma trabalhista, as homologações não são mais feitas no sindicato, então não conseguimos quantificar precisamente. Mas, desde janeiro, estimamos que tenham sido demitidas mais de 300 pessoas nas unidades de São José dos Campos", afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, o diretor do Sindicato Herbert Claros.
O sindicalista afirma que os cortes têm ocorrido quase toda semana, principalmente nas áreas de engenharia e de produção, justificados como "demissão administrativa". Claros diz que não enxerga um padrão nas demissões, que poderia revelar, por exemplo, um movimento de turnover (rotatividade).
Em nota enviada ao Broadcast, a Embraer declara que não procedem os boatos sobre demissões ou transferência de empregados. Ainda de acordo com a empresa, a movimentação de pessoas nos últimos meses está dentro de sua rotatividade natural.
Mas o diretor do Sindicato se queixa da falta de comunicação da empresa com os funcionários. Desde que as conversas com a Boeing vieram a público, a Embraer não emitiu comunicados internos específicos a seus trabalhadores, diz Claros. "Tudo que sabemos vem da imprensa", acrescenta.
O Ministério Público do Trabalho emitiu, no início de maio, uma notificação recomendatória para que Embraer e Boeing incluam expressamente "salvaguardas trabalhistas" no possível acordo comercial que vêm negociando. Também foi recomendado que as empresas informem aos sindicatos sobre os possíveis impactos aos empregos e que recebam sugestões dos sindicalistas a respeito do tema.
De acordo com a notificação do Ministério Público do Trabalho, as empresas tinham um prazo de 15 dias para informar sobre o cumprimento da recomendação e apresentar informações adicionais. "A não observância das recomendações expedidas podem implicar a adoção de todas as medidas administrativas e judiciais cabíveis em face dos responsáveis", afirma o órgão.
Herbert Claros afirma que o sindicato ainda não foi procurado pelas fabricantes para conversar. Questionada sobre esse assunto, a Embraer comentou que manterá seus empregados, acionistas e o mercado informados na medida em que uma potencial combinação de negócios com a Boeing evolua.
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