As refinarias de petróleo podem parar a qualquer momento. A greve do setor foi aprovada pelos servidores que votaram durante a reunião do conselho deliberativo do sindicato dos petroleiros. Mesmo sem data, algumas unidades, como a de Minas Gerais e Canoas, já se mobilizaram em prol da paralisação.
A reunião do conselho para a confirmação do estado de greve aconteceu na quinta-feira (17). A abertura do protocolo de privatização do polo Sul e polo Norte foi o principal motivo para a greve dos petroleiros, além da reivindicação do reajuste da precificação. “A Petrobras jogou para cima do consumidor todo o peso da política de preço internacional de derivados e vemos isso como inapropriado”, afirma o presidente estadual do SindiPetro-RS, Fernando Maia.
A categoria classifica essa iniciativa como a construção da maior greve do setor petroleiro, uma vez que ela registrou numero de aprovação nunca obtido antes na história da Petrobras. De acordo com Maia "90% dos servidores aprovaram" a paralisação e concluiu dizendo: “todas as unidades do estado estão mobilizadas desde o dia 21 em uma causa social. Nós só queremos que a Petrobras pare com o processo de venda dos polos e a redução dos preços dos derivados de petróleo”.
A distribuição de produtos da refinaria está parada desde segunda-feira (21), quando a Associação dos Caminhoneiros Autônomos declarou greve por causa dos seguidos reajustes no valor do combustível. Nesta quinta-feira (24), um acordo entre o Governo Federal e caminhoneiros foi assinado, porém o movimento de paralisação continua.
Confira o calendário de greve:
- 7 de junho - atos em resistÊncia em defesa da Petrobras e do Pré-sal
- 10 de junho - data limite para convocação regional
- 12 de junho - Conselho Deliberativo da FUP para definição da data de início da greve
- 13 de junho - seminário de comunicação