A estimativa de ontem (24) apresentada pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), são cerca de 6,3 milhões de medicamentos, que atenderiam 90% do território brasileiro e 2,4 milhões de consumidores, que estão ameaçados de não chegar ao destino final. A entidade informou ainda que alguns veículos foram apedrejados e os motoristas agredidos durante o percurso entre os centros de distribuição e os pontos de venda.
Em nota, o presidente da Abrafarma, Sergio Mena Barreto, afirmou que as principais dificuldades atingem os chamados medicamentos termolábeis, que devem ser mantidos refrigerados e necessitam de temperatura estável até o seu destino final: "algo impossível de ser garantido com um veículo travado nas estradas".
"Entendemos que protestos de qualquer categoria profissional são legítimos, desde que não atinjam direitos básicos da população. Solicitamos à coordenação do movimento grevista que entenda a importância de se manter a população com acesso a produtos tão essenciais quanto medicamentos".
A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) enviou um comunicado às lideranças grevistas dos caminhoneiros solicitando a liberação de cargas de gases medicinais (como oxigênio, por exemplo), medicamentos e outros insumos hospitalares. A entidade, que representa 104 hospitais privados espalhados em todos os estados, ressalta que os hospitais associados e parceiros comerciais do segmento começam a detectar queda substancial dos estoques e uma iminente falta de insumos nas instituições de saúde, que pode ameaçar o bem-estar e a vida dos pacientes atendidos.