O diretor executivo do Hospital Sírio-Libanês, Fernando Torelly, entrega, na segunda-feira, o resultado da consultoria realizada no Hospital Beneficência Portuguesa, de Porto Alegre. O processo começou em fevereiro, pago pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), do Ministério da Saúde. O resultado será entregue aos secretários municipal e estadual da Saúde, Erno Harzheim e Francisco Paz.
A possibilidade de aluguel da estrutura do prédio do hospital por parte do Grupo Hospitalar Conceição, aventada nas duas últimas semanas, foi praticamente descartada nos últimos dias. O aluguel estava condicionado ao repasse de uma verba de R$ 26 milhões ao grupo, que destinaria o valor a uma reforma no Hospital Conceição. Em reunião realizada essa semana, não houve um aceno à liberação das verbas. "Além do contingenciamento, houve uma intervenção externa e ficou determinado que não fosse feita a solução", explicou o deputado federal Jerônimo Goergen (PP).
Ainda segundo o deputado, existe um hospital gaúcho interessado em assumir a gestão do Beneficência Portuguesa, mas a negociação depende do resultado da consultoria realizada pelo Sírio-Libanês. "Ficou tudo para segunda-feira. O que preocupa é que o tempo está passando com o hospital precariamente aberto. Em 30 ou 40 dias, não haverá condições de permanecer aberto", lamenta. A possibilidade de intervenção federal no hospital também foi aventada pelo deputado, mas o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, afirmou que essa opção não vem sendo estudada no momento.
A rescisão do contrato da prefeitura da Capital com o Beneficência Portuguesa ocorreu em novembro do ano passado. Além da consultoria do Sírio-Libanês, o Banrisul também faz uma auditoria para avaliar a extensão das dívidas do hospital, que passariam dos R$ 180 milhões.