Pelo segundo ano seguido, a tarifa de t�xi de Porto Alegre n�o ter� reajuste. A decis�o, tomada pelos pr�prios permission�rios da Capital, ocorre em fun��o da queda, registrada nos �ltimos anos, de cerca de 40% na procura pelo servi�o�devido � atua��o dos aplicativos de transporte, segundo estimativas do pr�prio Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre (Sint�xi).

Conforme o diretor-presidente do sindicato, Ad�o Ferreira de Campos, a maioria dos taxistas que trabalham atualmente na cidade - cerca de 4 mil ao todo - apoiou um abaixo-assinado que rejeita a aplica��o do reajuste. "Queremos mostrar ao cliente que o t�xi � um servi�o diferenciado e seguro. O taxista � um profissional qualificado, que trabalha sob um valor acess�vel", defende Campos.

Segundo o dirigente sindical, aos poucos, o movimento vem crescendo, com a volta de passageiros que haviam migrado para o transporte por aplicativo. "O cliente vem notando que o pre�o mais baixo dos apps n�o � t�o mais baixo assim, em raz�o de tarifas din�micas, por exemplo. E h� tamb�m as quest�es de seguran�a, j� que os taxistas s�o fiscalizados pelo poder p�blico", defende.

O reajuste dos valores cobrados por t�xis � previsto por lei para ocorrer a cada 12 meses�- balizado pelo �ndice Geral de Pre�os do Mercado (IGP-M), da Funda��o Getulio Vargas (FGV) - ou quando houver aumento dos combust�veis em �ndice igual ou superior a 8%. No entanto, altera��es na Lei Geral dos T�xis, aprovada recentemente pela C�mara de Vereadores, deixaram o aumento condicionado a uma decis�o coletiva dos taxistas.

Segundo o novo texto, os permission�rios devem indicar o percentual que entendem ser "devido e aplic�vel", o qual ser� submetido � Empresa P�blico de Transporte e Circula��o (EPTC), a quem compete a elabora��o dos c�lculos e a apura��o dos novos valores da tarifa. A lei ainda n�o foi sancionada pelo prefeito Nelson Marchezan J�nior.

O �ltimo reajuste dos pre�os do servi�o de t�xi na Capital foi aplicado em abril de 2016. Atualmente, a bandeirada inicial � de R$ 5,18, e o valor cobrado por quil�metro rodado em bandeira 1 � de R$ 2,59, enquanto em bandeira 2 (das 20h �s 6h; s�bados, a partir das 15h; domingos e feriados) � de R$ 3,36.