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Geral

- Publicada em 13 de Maio de 2018 às 21:41

Estudo analisa volume de veículos em rodovias

Hoje, consertos ocorrem mais de maneira reativa do que preventiva

Hoje, consertos ocorrem mais de maneira reativa do que preventiva


/JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
Suzy Scarton
Falta de recursos, má aplicação do material e deterioração devido ao uso indevido são alguns dos motivos apontados para justificar vias esburacadas, sejam dentro das cidades ou em estradas. Para organizar um planejamento a longo prazo envolvendo rodovias estaduais, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) deu início a um estudo que pretende mapear o tráfego de veículos nas vias administradas pelo órgão.
Falta de recursos, má aplicação do material e deterioração devido ao uso indevido são alguns dos motivos apontados para justificar vias esburacadas, sejam dentro das cidades ou em estradas. Para organizar um planejamento a longo prazo envolvendo rodovias estaduais, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) deu início a um estudo que pretende mapear o tráfego de veículos nas vias administradas pelo órgão.
O estudo, chamado de Contagem Volumétrica Classificatória de Tráfego, foi contratado via pregão e será realizado pela empresa catarinense DBA, pelo valor de R$ 1,96 milhão. Por um ano, dois conjuntos de equipamentos, uma para cada sentido do tráfego, farão a avaliação. São mais de 500 locais de contagem - 476 postos anuais, onde o trabalho será feito uma vez ao ano - e 101 postos trimestrais - onde o levantamento ocorrerá a cada três meses. Os dados serão repassados ao Daer mensalmente, uma vez que o órgão assumiu, no contrato, a responsabilidade de fiscalizar a execução. Os serviços já começaram pela região de Osório. 
A obtenção de dados estruturais para elaboração de um planejamento é o principal objetivo do estudo, de acordo com a Superintendente de Pesquisas Rodoviárias Mara Bianchini. "Como vou fazer uma programação adequada se não sei se passam 500 ou 5 mil veículos por dia em uma via? É importante que se conheça o número de veículos, o tipo de veículos, qual a porcentagem de caminhões de carga, por exemplo", justifica a engenheira civil. Até meados dos anos 2000, o próprio Daer realizava essa contagem, que dava origem a um anuário estatístico. Atualmente, é feito por demanda, quando há necessidade.
Para a engenheira, a ausência dessas informações impede que o órgão possa investir em estradas no momento certo. Assim, os consertos acabam sendo reativos, quando há algum problema, e não de maneira preventiva. "No momento em que vivemos, é difícil fazer um planejamento ideal, não temos recursos para intervir no momento certo. É uma pena. Se não fizermos intervenção no momento ideal, vou gastar muito mais na frente, quando já há uma condição agravada. Se for antes, o investimento vai ser menor", pondera. Mara acrescenta, ainda, que outro estudo está em andamento, também via empresa terceirizada, para levantamento da condição da malha rodoviária. A ideia final é fazer um cruzamento entre os dados obtidos nos dois estudos.
O Daer ressalta, ainda, que a intenção do estudo é a de contabilizar o número de veículos, sem qualquer fim de punição ao motorista. Não consiste, portanto, na instalação de medidores de velocidade, embora o aparelho, para quem não o conheça, possa parecer semelhante. Tampouco haverá placas de identificação de um equipamento de contagem, uma vez que a instalação não interfere na vida do motorista.
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