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Geral

- Publicada em 09 de Maio de 2018 às 17:53

Estudo identifica novo réptil de 230 milhões de anos no Rio Grande do Sul

Pagosvenator candelariensis teria até três metros de comprimento e era provavelmente quadrúpede

Pagosvenator candelariensis teria até três metros de comprimento e era provavelmente quadrúpede


ILUSTRAÇÃO: RENATA CUNHA/UFRGS/DIVULGAÇÃO/JC
Um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) identificou uma nova espécie de réptil fóssil pré-histórico do interior do Rio Grande do Sul. Batizada de Pagosvenator candelariensis, a espécie viveu há aproximadamente 237 milhões de anos, no Período Triássico (que durou entre 251 até 201 milhões de anos).
Um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) identificou uma nova espécie de réptil fóssil pré-histórico do interior do Rio Grande do Sul. Batizada de Pagosvenator candelariensis, a espécie viveu há aproximadamente 237 milhões de anos, no Período Triássico (que durou entre 251 até 201 milhões de anos).
O réptil foi identificado a partir de um fóssil doado anonimamente para o Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues, de Candelária, região central do Estado, em 2015, e consiste em um crânio e uma mandíbula quase completos, associados a algumas vértebras do pescoço e a algumas placas ósseas que cobriam seu dorso, similar aos dos crocodilos de hoje.
De acordo com a Ufrgs, os cientistas utilizaram técnicas de tomografia computadorizada para ter acesso a informações sobre a anatomia do crânio do animal sem danificar o material. Após a finalização do estudo, o fóssil foi devolvido ao museu, onde encontra-se em exposição atualmente.
A pesquisa foi conduzida pelo pesquisador Marcel Lacerda, durante seu doutorado no Programa de Pós-Graduação em Geociências da Ufrgs, e teve como coautores o professor do Departamento de Paleontologia e Estratigrafia da universidade Cesar Schultz e o professor de Paleontologia da Univasf Marco França.
Segundo Lacerda, o Pagosvenator candelariensis - nome escolhido em homenagem à importância do município de Candelária para a paleontologia - era um animal de médio porte, com até três metros de comprimento, e provavelmente quadrúpede.
Os dentes longos e recurvados indicam que o animal apresentava uma dieta carnívora, possivelmente baseada em pequenos e médios animais.
O trabalho foi realizado com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), e a descoberta foi descrita em artigo publicado no final de abril no periódico britânico Zoological Journal of the Linnean Society.
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