Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Geral

- Publicada em 01 de Maio de 2018 às 09:26

Prédio que pegou fogo em São Paulo teve presos com Nobel da Paz e ligado à Máfia

Com fogo, prédio de 22 andares desabou na madrugada desta terça no Centro de São Paulo

Com fogo, prédio de 22 andares desabou na madrugada desta terça no Centro de São Paulo


Corpo de Bombeiros São Paulo/Divulgação/JC
Agência Estado
A antiga sede da Polícia Federal que desabou após um incêndio na madrugada desta terça-feira (1º), no centro de São Paulo, foi palco de eventos célebres nos anos 1980. O argentino Adolfo Pérez Esquivel, vencedor do Prêmio Nobel da Paz, foi preso em 1981 após criticar a Lei da Anistia e encaminhado ao prédio da Antonio de Godoy. O então governador Paulo Maluf e Dom Paulo Evaristo Arns, cardeal arcebispo de São Paulo, precisaram intervir para que ele fosse solto.
A antiga sede da Polícia Federal que desabou após um incêndio na madrugada desta terça-feira (1º), no centro de São Paulo, foi palco de eventos célebres nos anos 1980. O argentino Adolfo Pérez Esquivel, vencedor do Prêmio Nobel da Paz, foi preso em 1981 após criticar a Lei da Anistia e encaminhado ao prédio da Antonio de Godoy. O então governador Paulo Maluf e Dom Paulo Evaristo Arns, cardeal arcebispo de São Paulo, precisaram intervir para que ele fosse solto.
Dois anos depois, o mafioso italiano Tommaso Buscetta foi preso pelo delegado Romeu Tuma e também foi encaminhado à sede. Levado para os Estados Unidos, Buscetta fez delação premiada e entregou as organizações mais poderosas do crime em seu país. Já em 1985, quando a ossada do carrasco nazista Josef Mengele foi encontrada por Tuma em um cemitério no Embu, nos arredores de São Paulo, o prédio da Antonio Godoy voltou ao noticiário internacional.
A torre foi colocada à venda pela União em 2015, em edital preparado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. O preço mínimo de venda na época foi de R$ 21,5 milhões e o então ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que a venda fazia parte de ação do governo para reduzir despesas e racionalizar gastos no âmbito da Secretaria do Patrimônio da União (SPU). O prédio central alojou o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), mas está ocioso desde 2009. Já a PF mudou para seu atual endereço, na Lapa, em 2003.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO