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Dia da Indústria

- Publicada em 14 de Maio de 2018 às 09:51

Solução para construção civil em Porto Alegre pode estar na revisão do Plano Diretor

Aquiles Dal Molin Jr., presidente do Sinduscon-RS, analisou o momento do setor de construção civil

Aquiles Dal Molin Jr., presidente do Sinduscon-RS, analisou o momento do setor de construção civil


SINDUSCON-RS/DIVULGAÇÃO/JC
Um dos maiores propulsores da economia e símbolo do crescimento também foi um dos mais atingidos pela crise econômica. O setor de construção civil amargou prejuízos e encolheu, levando consigo o sonho da casa própria e de garantia de emprego. Agora, o setor arrisca-se a ser otimista com o futuro. Confira a entrevista com Aquiles Dal Molin Jr., presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS).
Um dos maiores propulsores da economia e símbolo do crescimento também foi um dos mais atingidos pela crise econômica. O setor de construção civil amargou prejuízos e encolheu, levando consigo o sonho da casa própria e de garantia de emprego. Agora, o setor arrisca-se a ser otimista com o futuro. Confira a entrevista com Aquiles Dal Molin Jr., presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS).
Jornal do Comércio - A construção civil já sentiu a retomada no crescimento?
Aquiles Dal Molin Jr. - Existe uma recuperação e o mercado imobiliário segue essa tendência. O problema é que se esperava que fosse um pouco mais rápida e forte, e isso não aconteceu. E e a não concretização das reformas só contribuiu para atrasar ainda mais o vigor da economia.
JC - Antes da crise, a construção viveu um período de grande euforia e crescimento. Como está o setor agora?
Dal Molin - O mercado ficou retraído por décadas. Até que chegou o momento do funding elevado, muito dinheiro disponível para emprestar, aliado à inflação e juros baixos e a uma estabilidade econômica que dava garantia de emprego à população, que teve segurança para comprar. Hoje, temos a mesma Selic e inflação baixa, mas não há funding e o desemprego é alto. As pessoas gastaram suas poupanças para sobreviver, não há dinheiro nem certeza de manutenção do emprego. Mas isso está mudando lentamente.
JC - Em função da crise prolongada, como ficou a demanda por imóveis?
Dal Molin - A demanda continua existindo, talvez ainda maior. O que sumiu foi o dinheiro do bolso. A medida anunciada recentemente pela Caixa Federal, de reduzir juros e aumentar o limite de financiamento dos imóveis, é um sinal de que as coisas podem melhorar.
JC - Como o excesso de burocracia interfere no desempenho do setor?
Dal Molin - A burocracia mina o setor. Porto Alegre é um exemplo disso. Em outras capitais, o retorno para as grandes construtoras é mais rápido, a aprovação dos projetos é mais rápida e as exigências em contrapartidas mais razoáveis.
JC - Tem se discutido possíveis mudanças no Plano Diretor de Porto Alegre. Como o senhor entende que deva ser o novo planejamento?
Dal Molin - Porto Alegre foi planejada para não dar certo. O Plano Diretor é muito restritivo. Em avenidas largas e com infraestrutura completa de acesso e saneamento os prédios poderiam ter o dobro de altura. Em qualquer capital haveria o dobro de imóveis, para que a prefeitura pudesse recolher o dobro de IPTU. A cidade optou por se espalhar pelos bairros, o que exige mais investimento em infraestrutura, e aí a conta não fecha. Rever o Plano Diretor, olhando para a sustentabilidade ambiental e econômica, seria uma solução para a falta de dinheiro nos cofres de Porto Alegre.
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