Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

MÁQUINAS AGRÍCOLAS

- Publicada em 09 de Maio de 2018 às 12:06

Safra histórica de grãos traz otimismo ao setor de máquinas agrícolas

caderno dia da indústria 2018 John Deere fábrica de  Montenegro crédito John Deere divulgação jc

caderno dia da indústria 2018 John Deere fábrica de Montenegro crédito John Deere divulgação jc


/JOHN DEERE/DIVULGAÇÃO/JC
A comercialização de máquinas agrícolas sofreu retração nos últimos dois anos. Entretanto esse cenário começou a mudar e tornar-se mais otimista a partir da safra de grãos histórica de 2017. Em janeiro desse ano, o setor obteve um crescimento de 1,5%, comparando com o ano de 2016. "Tendo em vista a retração que vínhamos enfrentando, esse percentual positivo é um sinal de recuperação, e vem ao encontro da projeção de crescimento que estamos almejando para o setor em 2018", afirma o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers), Claudio Affonso Amoretti Bier.
A comercialização de máquinas agrícolas sofreu retração nos últimos dois anos. Entretanto esse cenário começou a mudar e tornar-se mais otimista a partir da safra de grãos histórica de 2017. Em janeiro desse ano, o setor obteve um crescimento de 1,5%, comparando com o ano de 2016. "Tendo em vista a retração que vínhamos enfrentando, esse percentual positivo é um sinal de recuperação, e vem ao encontro da projeção de crescimento que estamos almejando para o setor em 2018", afirma o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers), Claudio Affonso Amoretti Bier.
O dirigente acredita que ainda há um longo caminho pela frente até a retomada do crescimento do setor. Segundo dados do sindicato, em março, a produção de máquinas agrícolas aumentou em quase 48% em relação a fevereiro. Entretanto, nos últimos 12 meses, se observa uma variação de 11%. "Estamos trabalhando junto ao governo federal para obtermos melhores taxas de juros para as linhas de financiamentos agrícolas, o que poderá impactar positivamente para os agricultores na aquisição de máquinas e, consequentemente, impulsionar o crescimento da economia", afirma o dirigente.
Enquanto o mercado interno vive as incertezas de um ano político e as regras de financiamento agrícola para a próxima safra, as exportações têm trazido algum alento. Bier ressalta que o Brasil tem tradição exportadora e já foi o responsável por abastecer parte do mercado externo, especialmente nos vizinhos Argentina, Uruguai e Paraguai. "Observamos também que outros países têm investido em transpor suas fronteiras levando produtos e tecnologia, com destaque para o continente africano, que tem demandado a aquisição das máquinas e implementos agrícolas fabricados aqui", afirma.
Líder mundial na produção de máquinas agrícolas, a John Deere tem um plano de longo prazo traçado para o Brasil, embasado na potência agrícola e de infraestrutura do País. "Esse plano de investimentos de longo prazo é o que nos permite superar cenários mais turbulentos. Acreditamos que crises são também momentos de oportunidade, pois, quando o mercado retomar em sua plenitude, estaremos preparados para atender adequadamente às demandas dos nossos clientes", afirma o diretor de Assuntos Corporativos para América Latina da John Deere, Alfredo Miguel Neto.
Ao contrário de outros setores, desde 2015, a companhia tem anunciado importantes investimentos como, por exemplo, os US$ 40 milhões na ampliação da fábrica de tratores em Montenegro para a produção nacional dos tratores de alta potência da Série 8R. Segundo o executivo, o agronegócio brasileiro vive um bom momento, porque há oferta de crédito por bancos públicos e privados, impulsionada pela boa colheita dos produtores. "O agronegócio é o motor da economia brasileira. É nossa maior vocação", observa Miguel.

Capacidade para triplicar a produção

Presente em 17 estados brasileiros, além de Paraguai, Argentina e Uruguai, a indústria de implementos agrícolas São José Industrial está vivendo um ano de expansão. Inaugurou, em janeiro, nova planta industrial, em São José do Inhacorá, no Noroeste do Rio Grande de Sul. O projeto vinha sendo desenvolvido desde 1993, para unificar as três unidades existentes e centralizar a produção, reduzindo custos de logística e operação. A atual estrutura tem a capacidade para triplicar a capacidade produtiva. A partir dessa nova fábrica, a São José está estruturando o setor de engenharia e desenvolvendo novos produtos. Segundo o diretor de Marketing, Daniel Ribeiro, neste ano, foram apresentados ao mercado diversos lançamentos.
Ribeiro conta que, nos últimos anos, a empresa estava com as três unidades operando com suas capacidades produtivas comprometidas para atender o mercado interno e, por isso, a recessão não teve grandes impactos nos negócios. No entanto a empresa seguiu atenta às movimentações e criou estratégias para abrir e expandir em mercados até então não atendidos. "Quando o mercado reaquecer, estaremos em plena condição de sermos mais competitivos, tanto na entrega quanto na qualidade de tudo o que produzimos".
O agronegócio também é um mercado promissor para a Tramontina. A fábrica, localizada em Carlos Barbosa, produz ferramentas para agricultura, jardinagem e construção civil, e equipamentos para jardinagem e dirigíveis; e destina de 5% a 10% da produção ao negócio do campo, atendendo do pequeno ao grande produtor. A maior parte é voltada ao mercado interno, que conta com ampla rede de assistência técnica.
A unidade de Garibaldi - responsável pelas ferramentas manuais para o setor industrial e automotivo, mercado da construção civil e a linha de uso doméstico - também considera o segmento do agronegócio de extrema importância para a linha, já que praticamente todas as ferramentas industriais e organizadores são utilizados no meio rural, como solução completa para manutenções no campo. A produção é destinada para mercado interno e externo, sendo 20% da produção para exportação.