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MÁQUINAS

- Publicada em 09 de Maio de 2018 às 11:53

Cai a participação da indústria de transformação no PIB


THYSSENKRUPP/DIVULGAÇÃO/JC
O presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq), João Carlos Marchesan, afirma que os juros altos e câmbio baixo levaram a indústria de transformação brasileira a reduzir sua participação no PIB, dos quase 30% de 1980 para cerca 11% em 2016. Segundo o dirigente, caberá ao futuro presidente da República, além equilibrar as contas públicas, definir um novo modelo de desenvolvimento que resgate o papel da indústria nacional.
O presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq), João Carlos Marchesan, afirma que os juros altos e câmbio baixo levaram a indústria de transformação brasileira a reduzir sua participação no PIB, dos quase 30% de 1980 para cerca 11% em 2016. Segundo o dirigente, caberá ao futuro presidente da República, além equilibrar as contas públicas, definir um novo modelo de desenvolvimento que resgate o papel da indústria nacional.
"Jamais seremos um País desenvolvido sem produzir produtos tecnologicamente complexos e empregar mais e mais brasileiros na indústria de transformação e em serviços sofisticados. Um ambiente favorável aos investimentos é necessário, mas as reformas microeconômicas são essenciais para que a produção e exportação de bens e serviços 'made in Brazil' sejam um bom negócio", afirma.
Marchesan ressalta que não foi por falta de políticas industriais que a indústria brasileira não só cresceu no passado recente, mas, ao contrário, encolheu até ocupar, hoje, o 11º lugar entre os países industriais. "Nenhuma política de incentivos ou de desonerações compensa uma política macroeconômica hostil. Um ambiente desfavorável aumenta custos e reduz margens, o que certamente não faz do País um bom lugar para se produzir", observa.
Os resultados do primeiro trimestre, divulgados pela Abimaq, revelam que o desempenho ficou aquém das expectativas e poderá rever para baixo as previsões de crescimento na faixa de 5% a 10% das vendas do setor se o mercado não reagir. O faturamento - que ficou em R$ 15,98 bilhões nos três primeiros meses do ano - deveria estar crescendo em torno de 2%, mas apresentou alta de apenas 0,8% em comparação com o mesmo período de 2017.
Entre os entraves para o desenvolvimento, os empresários ressaltam o aumento do custo dos financiamentos - superior à taxa de retorno dos negócios - após a mudança nos juros praticados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), e a baixa confiança das empresas.

Otimismo para o segundo semestre

O setor da construção civil foi um dos mais afetados desde o início da crise econômica. Consequentemente, outros segmentos que fornecem produtos e serviços também sentiram os efeitos. O gerente nacional da área comercial da Thyssenkrupp Elevadores, Eduardo Caram, diz que a empresa registrou aumento de estoque e foi necessário reduzir o número de lançamentos. No entanto, ele afirma que o mercado dá sinais de recuperação. "As expectativas são positivas. Mantivemos a colaboração junto aos nossos clientes para ajudá-los no enfrentamento da crise", diz Caram.
Otimista com um segundo semestre melhor, a empresa - com parque fabril e matriz instalados em Guaíba - lançou o Multi, primeiro elevador sem cabos do mundo. A solução permite o deslocamento de várias cabinas em um mesmo poço nos sentidos vertical e horizontal, aumentando as capacidades de transporte e eficiência em 50%, além de reduzir a área do elevador e o consumo de energia nos edifícios.
"O Multi possibilita projetos arquitetônicos com alturas, formas e objetivos nunca antes imaginados", explica Caram. A tecnologia teve sua estreia em junho de 2017, com o lançamento da primeira unidade em operação na nova torre de testes de 246 metros, construída em Rottweil, na Alemanha, sede da Thyssenkrupp Elevadores. O desafio será acompanhar as expectativas dos clientes que precisam de produtos inovadores e soluções diferenciadas. "Estamos alinhados com o mercado para atender a todas estas demandas mostrando soluções de mobilidade com ampla atuação", completa o executivo.
A Thyssenkrupp Elevadores emprega cerca de 4 mil funcionários e alcançou uma receita de mais de R$ 1,3 bilhão (ano fiscal 2015/2016). A fábrica atende o mercado nacional e também exporta para a América Latina. No Brasil, são 67 filiais e postos de serviços localizados em diferentes capitais e cidades brasileiras.