Jornal do Com�rcio

A celulose teve uma demanda alta em 2017, maior do que a prevista, muito em função do crescimento pela procura por papéis tissue na China. A celulose de fibra curta, ideal para fabricação desse tipo de papel, bateu recorde no ano passado, atingindo 4,713 milhões de toneladas exportadas diretamente para o país asiático. "O ano de 2017 foi de variação positiva para a produção no setor de celulose, que avançou 3,8%. Destaque para as 19,5 milhões de toneladas produzidas, o maior volume já registrado no período de um ano", afirma a presidente executiva da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Elizabeth de Carvalhaes.

A China foi a principal compradora da celulose brasileira durante todo 2017, aumentando seu consumo em 18,7% com relação ao ano anterior, chegando a US$ 2,6 bilhões investidos na commodity. Para este ano, a expectativa é de aumento de exportações. Elizabeth afirma que, além da qualidade, sustentabilidade e competitividade dos produtos nacionais, o cenário internacional dá espaço para crescimento destas relações. "A China, por exemplo, por meio de medidas do governo, está privilegiando a importação de celulose branqueada, utilizada em papel de imprimir/escrever, segmento no qual o Brasil é muito eficiente", diz. 

Para o segmento de painel de madeira, as exportações já deixaram de ser uma saída para passar pela crise e tornaram-se parte da estratégia de crescimento.

Os painéis de madeira nacionais possuem muitos atributos que os tornam bastantes competitivos no exterior, como a qualidade e sustentabilidade e a capacidade de desenvolver produtos distintos para mercados diversos. "Temos uma das indústrias mais modernas do mundo, e é um caminho natural que as exportações continuem crescendo", completa Elizabeth.