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Economia

- Publicada em 31 de Maio de 2018 às 22:07

Polícia Federal reprime prática de locaute no Rio Grande do Sul

PF diz que grande transportadora gaúcha está envolvida no esquema

PF diz que grande transportadora gaúcha está envolvida no esquema


/POLÍCIA FEDERAL/DIVULGAÇÃO/JC
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Brigada Militar, a Operação Unlocked, para reprimir a prática de locaute em rodovias do Rio Grande do Sul. Mais de 60 policiais federais cumpriram três mandados de busca e apreensão nos municípios de Vale Real e Caxias do Sul, e um de prisão temporária de um empresário em um condomínio de luxo em Xangri-lá.
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Brigada Militar, a Operação Unlocked, para reprimir a prática de locaute em rodovias do Rio Grande do Sul. Mais de 60 policiais federais cumpriram três mandados de busca e apreensão nos municípios de Vale Real e Caxias do Sul, e um de prisão temporária de um empresário em um condomínio de luxo em Xangri-lá.
 
Empresários estiveram por trás de bloqueios de cargas em rodovias federais, estaduais e, inclusive, estradas vicinais no Rio Grande do Sul, conforme as investigações da PF. O superintendente da PF no Estado, Alexandre Isbarrola, informou que os próprios sócios de transportadoras atuavam nas estradas contra a liberação do tráfego de mercadorias, o que configura locaute.
 
Vinicius Pellenz, dono da empresa de logística Irapuru, de Caxias do Sul, foi detido. A PF enquadrou sua atuação como atentado à liberdade do trabalho, ameaça e associação para o crime.
 
A investigação apontou Pellenz estaria ameaçando caminhoneiros para que não realizassem o transporte de cargas, além de obrigar motoristas a desembarcarem dos seus caminhões e os abandonarem em postos de combustíveis. A atuação criminosa teria ocorrido nas rodovias RS-122, RS-452 e BR-116, na região dos municípios de Bom Princípio, Feliz e Vila Cristina.
 
Um áudio atribuído ao empresário apresenta uma suposta ameaça a caminhoneiros que continuavam a trabalhar após o início da greve. A gravação circulou nos grupos de WhatsApp utilizados por caminhoneiros e foi anexada ao inquérito que deu origem à prisão do empresário. "Ô nego, para teus caminhão ali. Vieram falar aqui que ali no Alto Feliz tu tá andando com milho. Não leva milho, não faz nada para a Agrosul", diz o áudio creditado ao empresário.
 
Em outro trecho da gravação, distribuída em grupos de WhatsApp utilizados pelos grevistas, o empresário manda um caminhoneiro parar os caminhões. "Os guris já estão ligados. Tem uns caras escondidos nos morros das batatas ali pra cima. Agora, ninguém vai mais subir e ninguém vai descer. Para os caminhão."
 
Sediada em Caixas do Sul, a Irapuru informa, em seu site, que presta serviços de movimentação e armazenagem de carga em todo território nacional, Argentina e Uruguai. A reportagem tentou contato com a empresa e com o advogado Lúcio de Constantino, que defende Pellenz, mas não obteve resposta.
 
"Tivemos elementos contundentes de que o foco era a interdição de ração, proteína animal e também combustíveis, mas a circulação de todo tipo de carga foi afetada", acrescentou Isbarrola. "O efetivo da PF está mobilizado e trabalhando fortemente para a identificação deste e de outros fatos que venham a ocorrer para impedir o livre tráfego de mercadorias. Vamos identificar e responsabilizar essas pessoas", afirmou.
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