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Economia

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Not�cia da edi��o impressa de 30/05/2018. Alterada em 29/05 �s 21h57min

Frigor�ficos ga�chos s�o acusados de fraudes em embutidos

A presença de produtos de péssima qualidade ou impróprios ao consumo humano foi constatada em pelo menos dois frigoríficos e um matadouro nas cidades gaúchas de Bento Gonçalves, Flores da Cunha e Anta Gorda. Três empresas - Aida Alimentos, Matadouro Gavazzoni e R. Moretto - são acusadas de crimes contra a saúde pública, após realizar prática de adulteração em embutidos e utilização de produtos químicos irregulares.
Na manhã de ontem, três mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado. No momento, a Operação Incassato - como foi chamada - busca localizar os lotes de alimentos fraudados nos estabelecimentos.
As análises constataram que produtos como pepperoni, apresuntado, presunto cru e presunto tipo Parma apresentavam amido em quantidade superior à prevista na legislação e em produtos cujo rótulo afirmava não conterem carboidratos e glúten. A presença deste insumo teria sido utilizada para aumentar o peso dos alimentos, o que foi considerado fraude econômica. O nitrito de sódio também estava em quantidade superior à permitida em amostras de mortadelas. Altos indícios do uso de Carne Mecanicamente Separada (CMS) também foram detectados em diversos produtos em que é proibida sua adição, como é o caso do apresuntado, que chegou a atingir 38% de CMS.
Em uma das situações mais graves, também foi verificada a presença da bactéria causadora da doença listeriose na copa fatiada da empresa Aida Alimentos. Em caso de contaminação, a infecção é grave e apresenta alto índice de mortalidade.
Em 2017, a empresa Aida Alimentos já tinha respondido por crimes de reutilização de carne vencida e utilização de três toneladas de produtos impróprios ao consumo. O proprietário, Mauro Francisco Gasperin, foi preso. Apesar do frigorífico ter sido fiscalizado diversas vezes entre os últimos dois anos, o estabelecimento segue apresentando irregularidades nos embutidos. 
Em nota, o Matadouro Gavazzoni afirmou que assegura a qualidade dos produtos fabricados perante os consumidores e órgãos governamentais. "A empresa adota medidas na linha de produção, entre elas as mais rigorosas práticas de higiene, manipulação, conservação e controle de seus produtos de forma a assegurar sua qualidade, atendendo às exigências legais nacionais", destacou. A empresa destaca que tem um controle interno de qualidade e ainda conta com a Inspeção Sanitária da Cispoa, órgão do Ministério da Agricultura.
A empresa informou que não possui em seu portfólio de produção produtos que possam oferecer algum risco para a saúde pública, tais como adição de amido, Carne Mecanicamente Separada (CMS), e não faz a comercialização de produtos com características impróprias para consumo, como carnes vencidas, com alguma alteração em seus rótulos ou acondicionadas de forma imprópria. Também reitera  que não há qualquer vínculo ou existência de problemas  junto ao Ministério Público e nunca foi alvo de investigação de qualquer ordem.
Além disso, na nota, o Matadouro Gavazzoni informa que não está operando desde 25 de maio devido à greve dos caminhoneiros e que, por esse motivo, não estava atendendo telefonemas e nem respondendo e-mails.
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