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Economia

- Publicada em 29 de Maio de 2018 às 22:18

Agas garante estoque de não perecíveis por 10 dias

Dificuldade de reposição pode afetar a oferta de produtos como carnes e laticínios nos supermercados

Dificuldade de reposição pode afetar a oferta de produtos como carnes e laticínios nos supermercados


/MARCO QUINTANA/JC
A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) descarta risco de desabastecimento de alimentos no Rio Grande do Sul. Segundo a entidade, os estabelecimentos gaúchos ainda têm estoques disponíveis para os próximos 10 dias.
A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) descarta risco de desabastecimento de alimentos no Rio Grande do Sul. Segundo a entidade, os estabelecimentos gaúchos ainda têm estoques disponíveis para os próximos 10 dias.
A exceção são produtos perecíveis, como laticínios, carnes e itens do setor de hortifrúti, em que ainda não é registrado desabastecimento, mas há dificuldade de reposição. A associação espera que, nos próximos dias, as entregas voltem a ser retomadas normalmente. O que está em jogo no momento, segundo a Agas, são os produtos de padaria, em razão da escassez do gás GLP.
No Mercado Público da Capital, os dias de paralisação também trouxeram impacto. Por meio de nota, o varejo informou que não há desabastecimento, mas o fluxo de consumidores caiu pela metade. Os próximos dias, porém, devem ser decisivos, já que alguns cortes de carne deixaram de ser recebidos.
Os reflexos também são sentidos na Companhia de Abastecimento (Ceasa) de Porto Alegre. O fluxo nesta terça-feira, pela parte da manhã, manteve-se nos 20% da capacidade normal, devido à ausência de consumidores do interior do Estado. À tarde, segundo o diretor-presidente da entidade, Ernesto Teixeira, o movimento surpreendeu ao atingir 50% no pavilhão dos produtores. "O problema foi, na verdade, a falta de compradores. Sobrou mercadorias", lamenta.
O setor mais afetado é o atacadista, já que os caminhões que trazem alimentos de outros estados e de fora da Capital não tem chegado à companhia. Produtos como tomate, cebola e batata são adquiridos apenas de produtores da Região Metropolitana de Porto Alegre.
A Ceasa parou de fazer a cotação de preços dos produtos, considerados "especulativos". O ágio, no entanto, não chega a patamares como os registrados no Centro do País. No Rio de Janeiro, por exemplo, o saco de batatas chegou a ser vendido por R$ 500,00 na semana passada.
De acordo com a central de abastecimento, se a situação fosse normalizada, três dias seriam necessários para retomar o movimento habitual, nos quais são recebidos de 4 mil a 5 mil compradores por dia.
A situação na proteína animal é grave. A paralisação fez com que alguns produtores tomassem medidas pouco usuais. A Naturovos está doando suas galinhas à comunidade. "O desabastecimento de alimento para as aves é extremamente crítico, gerando mortes por fome e canibalismo", informou a empresa em seu site. Os locais de doação estão ocorrendo no interior dos municípios de Salvador do Sul, Tupandi, Barão, São Pedro da Serra, Harmonia, Brochier e Maratá. Podem ser retiradas, em média, 20 aves por pessoa, das 9h às 17h.
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